A propósito da professora da escola de Espinho, uma pequena pergunta que não me lembro de já alguém ter feito: sem qualquer intuito desculpabilizador da professora em causa, que me parece ter jeito e preparação para tudo menos para a profissão que exerce apesar dos mestrados, pós-graduações e ofícios correlativos (ai a falta de preparação pedagógica, de educação e de bom senso!...), alguém acha didáctica e pedagogicamente aceitável - já não falando na mais do que duvidosa legalidade da situação - que um aluno, num evidente acto de indisciplina, tenha a liberdade de introduzir um gravador na sala de aula e de registar o que lá se passa sem autorização da professora e da direcção da escola e, depois, o divulgue publicamente? Que exemplos de disciplina e rigor pedagógico se estão a dar a todas as escolas e alunos deste país? Será esse(a) aluno(a) punido(a) por isso?
Aguardemos os próximos episódios...
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3 comentários:
E que dizer da discrepância de declarações dos frequentadores das aulas da referida professora?
Não sei não, mas este caso "cheira-me a esturro"...
Na pressa, não se terão dado conta de que existe o artigo 199º do Código Penal, que tem precisamente por título "Gravações e fotografias ilícitas". Aí se prevê que a gravação e a reprodução são crime.
Mesmo sendo-se "jornalista", o desconhecimento da lei (em boa verdade, apenas uma das muitas ignorâncias com que briosamente brindam o público) não dispensa do seu cumprimento.
Bom, Rato, algo é indiscutível: depois de ver o vídeo fiquei c/ os cabelos em pé e a vontade instintiva que tal "professora" fosse "banida" para uma distãncia nunca inferior a 500 m de qualquer estabelecimento de ensino. Independentemente de quaisquer provocações ou até mesmo "sacanices" a que possa ter sido sujeita. Mas acho tens razão numa coisa: não sou ingénuo e há mesmo coincidências. O facto de o vídeo ter sido divulgado e a questão vir a público quando se discute um projecto de educação sexual para as escolas, embora contestável e tb gerido de forma canhestra pela JS, não me parece uma casualidade. Mas isso em nada invalida a questão essencial: a falta de preparação e profissionalismo de uma professora para exercer a sua profissão e o acto ilegal e de indisciplina que constitui a introdução de um gravador numa sala de aula e o registo do seu conteúdo.
De acordo c/ o Queirosiano, que vem confirmar as minhas suspeitas sobre a ilegalidade do acto. Obrigado a ambos.
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