Segundo o “Jornal de Negócios” o tráfego aéreo de passageiros caiu 9,3% em Março depois de uma queda de 9.6% em Fevereiro, ambas em termos homólogos. Seria interessante que os defensores do esgotamento da Portela e da construção da nova mega-estrutura aeroportuária tomassem isto em consideração.
2 comentários:
Sim, é verdade que o tráfego caíu este ano, mas Lisboa foi o aeroporto onde este caíu menos! No algarve a queda em Abril YTD (year to date) anda à volta dos 20%.
De qualquer maneira, a viabilidade de um novo aeroporto é uma discussão esratégica e não baseada num ano de crise. a questão é como vemos o tráfego em Lisoa para 2015 e não como o vemos em 2009 ou 2010.
As perguntas aqui são: Vemos a economia de Portugal a crescer sustentadamente a longo-prazo? Acreditamos que o tráfego aeroportuário irá acompanhar o crescimento da economia? O incremento de corresponderá a mais receitas para o país ou irá o novo aeroporto canabalizar tráfego de outros aeroportos (SC, FR)e de outros meios de transporte (comboio/TGV)
No final de contas trata-se de pensar o retorno do investimento dará para pagar um projecto com este risco? se sim que em cenários?
Pelo que tenho visto nos meios de comunicação social, não andamos a discutir que visão temos paa o país daqui a 7 anos e que impactos terá no tráfego, mas sim quantos empregos a construção do AP vai gerar nos próximos 2!
Absolutamente de acordo quanto ao facto de ser uma discussão estratégica, tal como o TGV. Isso tenho sempre aqui defendido, mormente quando analisei a questão em função do modelo de inserção de Portugal no mercado ibérico e o modelo de desenvolvimento que Portugal deveria adoptar para se tornar competitivo face a Espanha (ver tags "novo aeroporto" e "tgv"). E é em função dessa análise que defendo apenas a construção do TGV Lisboa-Madrid, por questões políticas e de competitividade regional, e de um novo aeroporto construído de modo faseado.
Levantei agora a questão do decréscimo de tráfego nestes últimos meses na tentativa de chamar a atenção para novos parâmetros, antes não previstos, que a crise possa ter introduzido nos estudos já efectuados e devam levar a re-equacionar alguns cálculos no médio-longo prazo. Outra questão: acreditamos que uma mega-estrutura aeroportuária possa ser competitiva c/ Madrid e Barcelona e deles desviar tráfego, que é o racional que está por detrás do "hub"? Ou acreditamos que o modelo de inserção de Portugal na Península não pode ser o da competição c/ as mesmas armas mas assumindo um modelo de "alternativo", de "contraste", digamos assim.
discussão longa, mas p. f. veja todos os outros "posts" s/ o tema (são mtºs).
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