Durante anos Portugal viveu incomodado por não ter um Nobel desde Egas Moniz e mesmo esse “a meias” (mais a mais, com alguém cujo nome era Walter Rudolf Hess – mas este era suiço) e controverso pela técnica científica que presidiu á sua atribuição. Aspirou-se a ele tanto como a um Oscar, de preferência na cultura e nas artes, pois era sabido e reconhecido que dificilmente a evolução sofrida pela investigação científica permitiria a Portugal aceder a um qualquer outro. De repente houve Saramago, e talvez porque o escritor também era, ele próprio, controverso - pelas posições assumidas durante o PREC, por viver em Espanha, pela questão “Sousa Lara”, pela sua ligação ao PCP e, se calhar, por ser arrogante e antipático, algo que os portugueses gostam de agitar quando detestam alguém por outras razões - os portugueses, e com eles Helena Matos sua porta-voz e vanguarda (ver “Público” de hoje, não linkável), voltaram a sentir-se incomodados. São feitios... Maus! Mas é feio e "pouca coisa"... Mesquinho, agirmos assim.
Nota: não simpatizo especialmente com as ideias políticas de Saramago e, daquilo que li, existem coisas que gosto e outras de que gosto menos. Mais: se o seu “Nobel” tem na base uma acção de lobbying eficaz, ainda bem. Melhor isso do que passarmos a vida a queixarmo-nos da nossa incapacidade para agir nessa área.
Nota: não simpatizo especialmente com as ideias políticas de Saramago e, daquilo que li, existem coisas que gosto e outras de que gosto menos. Mais: se o seu “Nobel” tem na base uma acção de lobbying eficaz, ainda bem. Melhor isso do que passarmos a vida a queixarmo-nos da nossa incapacidade para agir nessa área.
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