Escrito aqui, no "Gato Maltês", no passado dia 6 de Junho:
"O jogador Cristiano Ronaldo tem um contrato válido com o clube Manchester United, membro da Premier League e da FA e, através desta última, da UEFA e da FIFA - que, ao que se sabe, tem sido cumprido integralmente por ambas as partes. O referido contrato tem validade por mais umas épocas (não sei exactamente quantas, mas isso não é relevante). Portanto, não assistindo a qualquer das partes razões para a respectiva denúncia, ambas estão obrigadas ao seu cumprimento integral, o que inclui os deveres de lealdade, respeito e sigilo, para além de, no caso da entidade patronal, proporcionar ao jogador Cristiano Ronaldo todas as condições para que possa exercer na plenitude a profissão para a qual se encontra habilitado e, no caso do jogador, que este ponha ao serviço do clube toda a sua capacidade técnica, física e atlética. Acontece que me parece ter ultimamente o jogador, com as suas declarações pelo menos dúbias e eticamente reprováveis, colocado em causa os deveres de lealdade e respeito a que se deveria obrigar, pelo respectivo contrato, perante a sua entidade patronal. Também um outro clube, o Real Madrid, membro da Real Federação Espanhola de Futebol que, por sua vez, tal como o Man. United, também faz parte da UEFA e da FIFA, me parece ter incorrido em violação grave da ética e do comportamento que deve (ou deveria) presidir ao relacionamento entre membros dessas organizações e a uma concorrência saudável e leal. É para mim óbvio que esses deveres deveriam estar regulamentados e ser impostos pelas respectivas associações aos seus membros (Premier League, FA, RFEF, UEFA e FIFA) e que a sua violação por parte de qualquer ou quaisquer desses seus associados deveria dar origem a sanções adequadas, o que pelos vistos não acontece. Sendo assim, na situação actual dificilmente o futebol poderá alguma vez ser visto como uma actividade respeitável, bem como uma indústria séria e credível."
Sem comentários:
Enviar um comentário