Falta ao Benfica uma ideia, um conceito, um modelo de jogo a partir do qual tudo se constrói. Contratar alguns jogadores e testar outros sem uma definição clara desse modelo, isto é, sem ter definido como se quer que a equipa jogue, é condenar os intérpretes a uma prestação não representativa e a equipa ao fracasso. E, note-se, não estou a falar de um “sistema”, pois esse parece ser o 4x4x2 (no início, ontem, parecia mais um 4x6x0) e o modelo precede-o no tempo e pode permitir vários sistemas alternativos. Mas, pergunta-se: o Benfica quer jogar num modelo que privilegie a posse e circulação de bola ou as transições rápidas, por exemplo pelos extremos? Com um ponta de lança de área mais fixo (Cardozo ou Makukula), utilizando extremos mais clássicos, e outro móvel (Nuno Gomes ou outro) ou com dois “móveis”, dispensando os extremos tradicionais? Qual o papel reservado ao “pivot defensivo”, o que define bastante o modelo de jogo e o tipo de jogador para essa posição, tão importante no futebol moderno (que teria sido a Espanha sem Marcos Senna?)?
Demasiadas perguntas e, até agora, nenhuma resposta. Preocupante.
Demasiadas perguntas e, até agora, nenhuma resposta. Preocupante.
2 comentários:
Sim, JC, no mínimo preocupante...
Ou mais do mesmo?
Preocupante, de certeza; mais do mesmo, vamos a ver. Mas esse risco é bem real.
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