Hesito se devo começar por “vai por aí uma algazarra” ou “já não há qualquer pachorra”, mas o resultado será o mesmo – e por isso o melhor talvez seja usar ambos. Pois então, vai por aí uma algazarra e eu já não tenho pachorra para a luta pelo controle da comunicação social por parte do governo ou da oposição (leia-se, PSD). Expliquemo-nos. Desde os idos do pós PREC – seja, desde o início dos anos 80 – que, ao contrário do que acontece aqui com o nosso vizinho do lado (mas não só), não existe um registo de controle directo dos media pelos partidos (versão maximalista) ou por correntes ideológicas mais ou menos ligadas aos partidos (versão minimalista). Excepção para o DN e para a RTP que sempre alinharam pelo governo, qualquer que ele fosse. Entretanto a cena começou a mudar, e o primeiro movimento (até ver, digo-o com reservas) foi a mudança de direcção do DN, que parece querer subtraí-lo à óptica governamental.
Aproveitando a maré, eis se não quando o PSD oficial (porque parece que no partido há quem não esteja de acordo) lançou a ideia da privatização da RTP (coisa em relação á qual, diga-se, não tenho qualquer oposição de fundo, mas, devo também dizer que a actual situação não me maçará assim tanto), tentando subtraí-la ao comando e controle do governo. O raciocínio era simples: pertencendo a SIC ao grupo Impresa (de Francisco Pinto Balsemão, militante nº 1 do PSD) a “partilha”, com a privatização da RTP e sua possível entrega a uma entidade “simpática” para a oposição, estaria mais composta, pelo menos em teoria, já que, na prática, para um Balsemão jornalista e empresário, talvez as coisas não fossem assim tão simples.
Pois estava o PSD nestas cogitações quando lhe entrou o inimigo pela porta das traseiras, na pessoa da TVI, da Prisa, do PSOE e do PS. E lá se foi a estratégia e o negócio... Fico muito confortável? Não, não fico. A sério que não, muito menos com Pina Moura por perto; não estou muito habituado a ver partidos a dominar os media e talvez não ache um bom princípio. Mais a mais, a memória do PREC e do pós PREC também não me ajuda lá muito. Mas ver os PSD’s “armados” em virgens vestais alarmados com a vinda dos lobos, confesso, dá-me vontade de rir! É que “isto” é como na tradução portuguesa do filme de Soderbergh: por muito que se esforcem, “ninguém sai mesmo ileso”!!!
Aproveitando a maré, eis se não quando o PSD oficial (porque parece que no partido há quem não esteja de acordo) lançou a ideia da privatização da RTP (coisa em relação á qual, diga-se, não tenho qualquer oposição de fundo, mas, devo também dizer que a actual situação não me maçará assim tanto), tentando subtraí-la ao comando e controle do governo. O raciocínio era simples: pertencendo a SIC ao grupo Impresa (de Francisco Pinto Balsemão, militante nº 1 do PSD) a “partilha”, com a privatização da RTP e sua possível entrega a uma entidade “simpática” para a oposição, estaria mais composta, pelo menos em teoria, já que, na prática, para um Balsemão jornalista e empresário, talvez as coisas não fossem assim tão simples.
Pois estava o PSD nestas cogitações quando lhe entrou o inimigo pela porta das traseiras, na pessoa da TVI, da Prisa, do PSOE e do PS. E lá se foi a estratégia e o negócio... Fico muito confortável? Não, não fico. A sério que não, muito menos com Pina Moura por perto; não estou muito habituado a ver partidos a dominar os media e talvez não ache um bom princípio. Mais a mais, a memória do PREC e do pós PREC também não me ajuda lá muito. Mas ver os PSD’s “armados” em virgens vestais alarmados com a vinda dos lobos, confesso, dá-me vontade de rir! É que “isto” é como na tradução portuguesa do filme de Soderbergh: por muito que se esforcem, “ninguém sai mesmo ileso”!!!
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