Um pouco inesperadamente (eu, que fui seu aluno, talvez não esperasse lá muito) a modernidade, na sessão solene do 25 de Abril na Assembleia da República, foi-nos deixada entrever pelo discurso do Presidente da República. Aliás, no final, ao ver os aplausos depois de ter escutado o discurso, quem tivesse chegado de outro planeta e não conhecesse o registo das últimas eleições presidenciais não perceberia muito bem quem era de esquerda, direita ou de centro, o que, mais uma vez, me leva a interrogar se os deputados agem por indução ou controle remoto ou se efectivamente são, além de deputados, cidadãos autónomos dotados de inteligência, ideias e capacidade de agir de acordo com ambas.
1 comentário:
Já em anos anteriores (e com alguma surpresa, confesso) ouvi com gosto e apreciei como discurso de modernidade os de Leonor Beleza e de Mota Amaral, nesta data.
Não aceito como bom sinal que esta data seja sobrecarregada com o "comemoracionismo" virado para o passado. Chamem-me lírica, mas penso que a maior parte está por fazer. E não, não estou a sonhar com a ditadura do proletariado! :)
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