Um grupo de radicais do movimento do “NÃO” à nova lei da IVG, comandados por Isilda Pegado, manifestou-se em frente do Palácio de Belém exigindo do Presidente da República o veto (posição preferencial) ou a reformulação in depth da lei aprovada na Assembleia da República após o referendo. Estão no pleníssimo direito de o fazer e, conhecida a posição do PR sobre a questão, não é de estranhar que este tenha recebido, nos últimos tempos, pressões várias no sentido de exercer o seu direito constitucional de veto político. No entanto, esta manifestação pública não deixa de me parecer estranha, uma vez que, caso decida exercer efectivamente esse sue direito, Cavaco Silva ver-se-á assim confrontado com uma imagem de identificação e colagem a um pequeno, mas activo, grupo de extremistas, o que talvez não seja muito positivo para a actual abrangência do seu magistério e actuação política futura. Apesar da monumental gaffe (é mais do que isso) do “não convite” a Mário Soares para os 50 anos do Tratado de Roma, não penso queira caminhar por aí. Ou então o caso é outro: certos de que o PR não irá vetar politicamente a lei, a manifestação de Isilda Pegado e correligionários não será mais do que um acto último de desespero...
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