Ministros, secretários de estado, assessores de imprensa e empresas de comunicação “esfalfam-se” todos os dias para que notícias favoráveis ao governo “saiam” na comunicação social e as desfavoráveis sejam evitadas. O mesmo fazem, através dos seus dirigentes e das suas assessorias mediáticas, as principais empresas e instituições privadas (e de utilidade pública, algumas) deste país. Por sua vez, jornais, rádios, televisões e jornalistas, desde directores a simples estagiários, tentam resistir a essas e outras pressões (dos accionistas dos próprios “meios”, por exemplo), quando isso lhes interessa, ou não resistir (idem) tentando não perder as suas fontes, as suas entrevistas em exclusivo ou as suas notícias em primeira mão. E para isso pressionam as suas fontes, tentam manter-se nas suas boas graças e concedem-lhes benesses jornalísticas. Isto é, fazem pela “vidinha”, a sua e a do orgão de comunicação para o qual trabalham, assegurando a sua promoção profissional e o êxito do seu jornal, rádio ou estação de TV junto de leitores e anunciantes. Têm responsabilidades perante a comunidade, os leitores, ouvintes ou espectadores, e também perante os próprios accionistas. Em última análise, os orgãos responsáveis deontologicamente pela profissão deverão zelar pelo cumprimento das regras a que se obrigam, bem como os tribunais pelo cumprimento das leis por que se rege o país, estado ou autonomia regional. E aqui, sim, é preciso estar bem atento perante certas decisões recentes. É assim em democracia, a qual não existe de outro modo; tal como não existe sem eleições, sem livre iniciativa, sem liberdade de associação, etc. Tal como será tão mais forte quanto maior for o grau de coesão e integração social .
Claro que na ditadura de Salazar e Caetano o que acima se descreve não existia, pois havia a censura. Como também não existe nos países dos “queridos líderes”, sejam eles onde forem ou chamem-se eles o que se chamarem. Aí todos os “meios” são do Estado. Ainda alguém tem dúvidas sobre a escolha?
Claro que na ditadura de Salazar e Caetano o que acima se descreve não existia, pois havia a censura. Como também não existe nos países dos “queridos líderes”, sejam eles onde forem ou chamem-se eles o que se chamarem. Aí todos os “meios” são do Estado. Ainda alguém tem dúvidas sobre a escolha?
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