Confesso não entender lá muito bem o entusiasmo de muitos portugueses pelo futsal e pelo seu campeonato do mundo, mais a mais disputado num país tão pouco óbvio para dar chutos numa bola como o é a Tailândia. Para mim, para além de desporto suburbano por excelência, disputado por equipas com nomes curiosos como Freixieiro e Fundação "não sei das quantas", futebol de salão (é esse o seu verdadeiro nome) é mais divertimento do que desporto, ligado, como está nas minhas memórias, aos jogos entre oficiais e sargentos, quando estava na "tropa", ou aos que disputava, salvo erro às 4ªs feiras, contra equipas de operários da fábrica de uma das empresas onde trabalhei. No caso da tropa, trocávamos sempre de guarda-redes com a equipa de sargentos, e assim lá se conseguiam equilibrar os jogos - rijamente disputados, está bem de ver; já no caso mais recente, nós, os "white collars", já trintões ou a roçar os "quarentas", levávamos sempre que contar do pessoal da fábrica, bem mais novos, melhor preparados e - porque não dizê-lo? - motivados para ganhar aos "betinhos" e "senhores doutores". Mas, em ambos os casos o problema era alinhar sempre na equipa "hierarquicamente superior", na qual era suposto bater forte e feio sempre que possível. Boas recordações são muitas, na mente e no físico, principalmente no meu joelho direito que ainda hoje não raramente dá sinal da má vida de antanho. Divertimento? Claro que sim, e muito. Mas, e peço por tal coisa as devidas desculpas, ninguém me consegue convencer que aquilo é desporto. E a prova é que nem sequer sei os resultados do meu "Glorioso", que até acho tem uma equipa.
4 comentários:
mentira caro JC, só não sabe os resultados do seu 5LB porque o mágico não entra na competição. Aposto o mesmo passar-se agora com o basquet!..
Nada disso, caro pois: não sei mesmo nem nunca vi nenhum jogo. E quanto ao basket vou seguindo c/ algum distanciamento. E devo dizer, que me lembre, ao vivo só vi um jogo nos últimos 20 anos, contra o Panathinaikos, no tempo da grande equipa do Carlos Lisboa, Guimarães, Jean Jacques, etc.
escusava dizer que o lisboa e companhia já foram há mais de 20 anos...
outro assunto, já o li referir "nunca existe um "único caminho possível", tenho curiosidade em conhecer qual seria, para si, o caminho mais indicado, "pó sere?"
Como digo no "post" que refere, em democracia compete ao povo escolher, mesmo que decida sair do euro, da UE, etc. Tb digo esse não é o caminho que escolheria, mas o povo é soberano, por mtº absurdas que que possam ser as suas decisões.
Já agora... Em 1929/31 tb se dizia, c/ o presidente Herbert Hoover, não existia outro caminho, e depois foi eleito Roosevelt e, com ele, chegou o "new deal" com uma diferente visão do modo como tentar sair da crise. Nunca nada daquilo tinha sequer sido experimentado. Não resolveu a 100%, mas deu uma boa ajuda.
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