Perante a perspectiva de conceder ontem uma entrevista a uma estação de televisão, Passos Coelho tinha duas alternativas para demonstrar ser um político inteligente: aproveitar a oportunidade para tentar ampliar um pouco a debilitada base social de apoio do seu governo, ou pelo menos conseguir alargar o grupo dos que se assumem como mais ou menos "neutros", conseguindo demonstrar aos portugueses existir algum capital de esperança ou ténues perspectivas de prosperidade futura, ou, pura e simplesmente, ficar calado e optar por não fazer, neste momento, quaisquer declarações. Não optou por qualquer delas e afundou ainda mais os portugueses no desespero, contribuindo com essa sua atitude para mergulhar mais um pouco o país na recessão. Demonstrou, deste modo, completa de ausência de clarividência e tacto político. Pior é sempre possível, mas foi de facto muito mau.
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