Ora vamos lá ver uma coisa...
Não sendo eu nem católico nem sequer crente, e compreendendo que esta história de Bento XVI se preocupar com a vaca e o burro do presépio pode cair no ridículo e prestar-se a enorme galhofa (nada contra: é sempre bom rir com o humor inteligente e já vi por aí na net algum dele), o que disse realmente o Papa, segundo o que li no "Público", sobre a questão? Muito simples: que "a virgindade de Maria e a ressurreição de Jesus Cristo devem ser vistos como pilares da fé porque são sinais inegáveis do poder criador de Deus", ou seja - e baseando-se a religião na fé - tratam-se de dois acontecimentos não provados mas nos quais é necessário os católicos, para o serem, acreditem como elementos essenciais fundadores da sua religião. Dito em latim, como na matemática, são condições sine qua non: sem elas não existe catolicismo.
Já acrescenta Bento XIV que o facto da vaca e o burro aquecerem ou não o bebé Jesus e a estrela dos Reis Magos poder ser uma "supernova" são elementos perfeitamente acessórios, para não dizer indiferentes em termos religiosos e da fé católica, o que é bem fácil de entender: a sua presença ou existência quando do nascimento de Cristo em nada afecta a essência e os princípios fundadores da religião da qual Ratzinger é chefe.
E isto digo eu que não sou católico, nem sequer crente, mas tenho o mau hábito de tentar perceber as coisas e não me ficar pelos "soundbites".
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