Confesso que quando oiço ou leio António Lobo Xavier tenho sempre alguma dificuldade em saber se fala enquanto militante, ex-dirigente e ex-deputado do CDS, advogado da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, gestor da Sonae, administrador da Mota-Engil, sócio e ex-dirigente do FCP, director da Associação Comercial do Porto, vogal do Conselho de Administração das Fundações de Serralves e Belmiro de Azevedo ou comentador político (falta-me alguma coisa?). Não que Lobo Xavier não tenha o direito de ser isso tudo e mais ainda alguma coisa, claro que sim: felizmente vivemos num país livre e baseado na livre iniciativa empresarial. Mas, por isso mesmo, e pescando muito vagamente nas ideias de Edward De Bono - que até é maltês - acho que deveria colocar na cabeça um chapéu de cor diferente, ou até bicolor ou tricolor, consoante a a identidade que assume quando produz cada uma das suas afirmações. Não é por nada, mas apenas seria bem mais fácil para nós interpretá-lo. E que tal começar já logo à noite, na "Quadratura do Círculo"? Neste caso pode ser encarnado, para fazer "pendant" com a logótipo da estação?
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