Estive a ver a maior parte do debate sobre o Estado da Nação (não, não sou masoquista e não suportei ouvir Heloísa Apolónia, fiquei-me por Louçã). A ideia com que fico, cada vez mais, é que a transmissão televisiva e via rádio deste e dos debates quinzenais, na sua essência uma opção inatacável em termos democráticos, acaba por ter um efeito perverso e, em vez de contribuir para uma melhor informação dos cidadãos, para um maior e mais esclarecido envolvimento destes na discussão das várias opções e propostas políticas, acaba por transformar estes debates num espectáculo encenado em função das necessidades de massificação e superficialidade dessas mesmas rádios e televisões, o que tem como resultado contaminar e viciar todo um modo de discutir e fazer política em Portugal e construir uma imagem negativa da Assembleia da República e do trabalho positivo de muitos deputados. Tendo dito isto, assisti a um debate politica e ideologicamente muito pobre, nada esclarecedor e em nada importante e muito menos decisivo para o que acontecerá no país nos próximos meses. Com certeza muito menos importante e decisivo do que a greve e manifestação dos médicos junto ao respectivo ministério. Aí, e não no debate sobre o "Estado da Nação", talvez se tenha decidido hoje um pouco do que será o futuro próximo do país e do governo.
5 comentários:
Caro JC
Nem mais.
A Zon tem uns canais de musica (iConcerts, Brava, Mezzo) excelentes para mudar logo que começam as transmissões directas do parlamento.
Cumprimentos
Vi via "internet" e estava mesmo interessado em ver.
Desculpe JC.
Não é masoquista???
Não, Karocha. Tento ser um cidadão mais ou menos atento.
Pois JC
Mas como eu tive um problema e estive na PJ a tarde toda...
Aviso já JC, uma karocha que comente no se blog com uma linguagem destrambelhada, apague,não sou eu!!!
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