Vaiar um membro do governo é perfeitamente legítimo, tal como o é patear no teatro, gritar "bravos" ou ficar em silêncio nos concertos, aplaudir, assobiar ou acenar lenços brancos no futebol ou gritar "olés" nas corridas de toiros ou quando o "velho" Fernando Chalana sentava mais um defesa contrário. E assim sucessivamente. E não é relevante sejam muitos, poucos ou apenas um a fazê-lo, já que a quantidade não altera a legitimidade. Portanto, o problema das vaias aos membros deste ou de outros governos não é esse - o da sua legitimidade ou do número dos que o fazem - mas sim o facto da sua repetição sistemática, sem "crescendo", e inconsequente fazer com que se tornem política e noticiosamente irrelevantes, se transformem numa "moda". E isso é o pior que pode acontecer aos seus autores e o melhor que pode acontecer aos visados.
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