O PCP é o único dos grandes partidos portugueses que se assume como um “partido de classe”: é um partido marxista-leninista, que se arroga na representação exclusiva da classe operária e se assume como a sua vanguarda organizada na luta por uma sociedade por si, e logo por essa classe, dirigida. Não existindo na sociedade portuguesa uma situação política que justifique, e possibilite, a formação de uma frente ampla, à semelhança dos MUD e dos MDP-CDE de antanho, dirigida pelo PCP (aliás, a CDU, em teoria, já é uma frente...), não vejo onde possam estar a surpresa e a razão para indignação, à esquerda, perante a nomeação do seu candidato presidencial: um candidato “de classe”, do núcleo duro do partido, que represente os valores e aspirações do “proletariado”. Só se for na ignorância de quem escreve sobre o assunto. Ou na necessidade de encher papel. São ambos maus motivos....
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