Nos últimos anos, o FCP tem dominado o futebol português, muito por via do que, lícita e ilicitamente, semeou na segunda metade da década de setenta e nos anos oitenta. Também fora de portas essa sementeira colheu frutos, possibilitando intramuros o fortalecimento do clube para os embates europeus.
Também estes últimos anos tem o Benfica tentado opor-se à hegemonia portista, infelizmente munindo-se da estratégia errada: quer tentando o título a todo o custo de forma não sustentada (já!), quer utilizando métodos idênticos aos do FCP, ao estilo “copycat”. Esqueceu o meu clube que em ambiente, região e épocas diferentes a mesma metodologia não alcança necessariamente os mesmos resultados e que quem quer dominar não pode nem deve seguir uma estratégia “me too”. Os resultados estão aí para o provar e espero bem este ano tenha sido o da viragem. Adiante, pois do meu clube muito tenho falado.
E o Sporting? Bom, o SCP, segundo clube mais popular numa capital onde o Benfica domina em popularidade e a terceira equipa (CFB) está à beira de desaparecer, optou, e quanto a mim inteligentemente, pela restruturação do seu passivo e consolidação financeira, condições sem as quais poderia arriscar-se, mau grado as diferentes dimensões em património histórico e número de adeptos, a seguir a prazo um caminho idêntico ao do simpático C. F. Belenenses, vencido o Sporting pela globalização tal qual o CFB o foi pelo advento do profissionalismo. A adequação desta estratégia à actual dimensão e problemas que o clube enfrenta (e o seu êxito) está expressa em dois títulos de campeão, uma presença na final da Taça UEFA e algumas vitórias na Taça de Portugal e na Supertaça, para além de ter conseguido, por várias vezes, disputar a "Champions League". O SCP assumiu os seus problemas, a forma da sua resolução, as condicionantes que isso impunha aos seus resultados desportivos e, em função disso, definiu uma coerente estratégia de recursos humanos: treinadores baratos e com qualidades formativas; aposta na formação para preencher os seus quadros e realizar receitas extraordinárias que pudessem ir disfarçando as limitações financeiras; reforço do do plantel no exterior através da contratação de jogadores quase desconhecidos, to fill the gap. Claro que para o êxito desta estratégia muito contribuiram os erros cometidos pela gestão do SLB, e esse – uma correcção na estratégia seguida pelo SLB - será certamente um dos desafios importantes que os “leões” terão de enfrentar no futuro e um real teste à sua capacidade de crescimento.
E é aqui que entra a “questão” Paulo Bento... Deve ou não o SCP optar pela continuidade de Bento? Bom, se assumir que a situação actual do clube não permite uma inflexão significativa nos objectivos e estratégia, não vejo porque Paulo Bento deva sair: tem o perfil indicado (fits into strategy), um conhecimento aprofundado do clube e conseguiu as conquistas possíveis na actual conjuntura. Caso o clube pense se pode permitir a outro tipo de conquistas, redefinindo a sua estratégia em conformidade, talvez Paulo Bento não seja então o treinador adequado, como claramente provam os seus erros contra equipas do 1º mundo futebolístico fruto de uma mentalidade talvez demasiado provinciana e do seu pouco conhecimento do futebol de alto nível. É esta, claramente, a “grelha” de decisão e é a partir dela que os meus amigos “lagartos” terão que optar.
Também estes últimos anos tem o Benfica tentado opor-se à hegemonia portista, infelizmente munindo-se da estratégia errada: quer tentando o título a todo o custo de forma não sustentada (já!), quer utilizando métodos idênticos aos do FCP, ao estilo “copycat”. Esqueceu o meu clube que em ambiente, região e épocas diferentes a mesma metodologia não alcança necessariamente os mesmos resultados e que quem quer dominar não pode nem deve seguir uma estratégia “me too”. Os resultados estão aí para o provar e espero bem este ano tenha sido o da viragem. Adiante, pois do meu clube muito tenho falado.
E o Sporting? Bom, o SCP, segundo clube mais popular numa capital onde o Benfica domina em popularidade e a terceira equipa (CFB) está à beira de desaparecer, optou, e quanto a mim inteligentemente, pela restruturação do seu passivo e consolidação financeira, condições sem as quais poderia arriscar-se, mau grado as diferentes dimensões em património histórico e número de adeptos, a seguir a prazo um caminho idêntico ao do simpático C. F. Belenenses, vencido o Sporting pela globalização tal qual o CFB o foi pelo advento do profissionalismo. A adequação desta estratégia à actual dimensão e problemas que o clube enfrenta (e o seu êxito) está expressa em dois títulos de campeão, uma presença na final da Taça UEFA e algumas vitórias na Taça de Portugal e na Supertaça, para além de ter conseguido, por várias vezes, disputar a "Champions League". O SCP assumiu os seus problemas, a forma da sua resolução, as condicionantes que isso impunha aos seus resultados desportivos e, em função disso, definiu uma coerente estratégia de recursos humanos: treinadores baratos e com qualidades formativas; aposta na formação para preencher os seus quadros e realizar receitas extraordinárias que pudessem ir disfarçando as limitações financeiras; reforço do do plantel no exterior através da contratação de jogadores quase desconhecidos, to fill the gap. Claro que para o êxito desta estratégia muito contribuiram os erros cometidos pela gestão do SLB, e esse – uma correcção na estratégia seguida pelo SLB - será certamente um dos desafios importantes que os “leões” terão de enfrentar no futuro e um real teste à sua capacidade de crescimento.
E é aqui que entra a “questão” Paulo Bento... Deve ou não o SCP optar pela continuidade de Bento? Bom, se assumir que a situação actual do clube não permite uma inflexão significativa nos objectivos e estratégia, não vejo porque Paulo Bento deva sair: tem o perfil indicado (fits into strategy), um conhecimento aprofundado do clube e conseguiu as conquistas possíveis na actual conjuntura. Caso o clube pense se pode permitir a outro tipo de conquistas, redefinindo a sua estratégia em conformidade, talvez Paulo Bento não seja então o treinador adequado, como claramente provam os seus erros contra equipas do 1º mundo futebolístico fruto de uma mentalidade talvez demasiado provinciana e do seu pouco conhecimento do futebol de alto nível. É esta, claramente, a “grelha” de decisão e é a partir dela que os meus amigos “lagartos” terão que optar.
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