Querem ver como mudar de projecto todos os anos só conduz ao desperdício de recursos e à inconsistência que leva ao insucesso? Um exemplo.
Fernando Santos, um treinador provinciano mas competente, o único português para além de José Mourinho que treina com regularidade e relativo sucesso no 1º mundo futebolístico, embora numa 2ª divisão europeia, adoptava um modelo de posse e circulação de bola, apoiado num 4X4X2 em losango. Como tinha Nelson e Leo, laterais atacantes indispensáveis para jogar desse modo - isto é, sem extremos –, bem como um ponta de lança e um médio que entravam bem nas alas (Miccoli e Karagounis) e Simão, anteriormente um extremo, é um jogador tacticamente culto, que entende bem as diversas situações do jogo e sabe aparecer no meio, na área, o “todo” fazia sentido. Com esta base sugeriu a contratação de um “poste de área”, que lhe possibilitasse a adopção de um modelo alternativo quando necessário. Veio Cardozo.
De repente, Miccoli e Karagounis, jogadores base deste modelo, saíram. A importância de Simão aumentava exponencialmente (até por causa das bolas paradas) e Fernando Santos lá preparou a época fazendo de Simão o seu jogador-base. Ficou sem ele depois da pré-época. Como conhece mal o mercado mundial, não havia ainda Rui Costa nas suas actuais funções e já era tarde, vieram os disparates na maioria das contratações.
Depois de uma época com um treinador medíocre (Camacho), em que se não descortinava a existência de um qualquer modelo ou ideia de jogo, veio Quique, um treinador espanhol do 1º mundo futebolístico que, tal como Rafa Benitez, adopta um modelo de transições rápidas e passes longos num 4X4X2 clássico. Houve que contratar extremos, mandar embora os laterais demasiado atacantes e que por isso “não cabiam”, felizmente que Rui Costa abandonou pois um nº10 como ele, apesar da sua enorme categoria, dificilmente entraria nestas contas e lá se foi ao mercado contratar um ponta de lança rápido e móvel como Suazo. Resultado? Agora Cardozo, por quem o SLB pagou cerca de 10 milhões, parece demasiadas vezes um corpo estranho num modelo que dificilmente o comporta, excepto como solução de último recurso.
Tem sido esta a inconstância e o disparate do Benfica dos últimos anos. Não se pode repetir.
Nota: A responsabilidade da crise do Benfica passa também muito pelos benfiquistas que não integram os orgãos dirigentes. Não falando de alguns idiotas úteis que de futebol nada entendem, ver associados que são glórias do clube, como José Augusto, propor hoje em “O Jogo” o despedimento de Quique Flores e a contratação de treinadores como Manuel Cajuda ou Jorge Jesus, sabendo que um projecto consequente para o clube tem obrigatoriamente de comportar um treinador da 1ª divisão europeia, só pode fazer arrepiar os cabelos. Que raio, caro Zé, a idade não explica tudo e você sempre me pareceu jovem de espírito!
Fernando Santos, um treinador provinciano mas competente, o único português para além de José Mourinho que treina com regularidade e relativo sucesso no 1º mundo futebolístico, embora numa 2ª divisão europeia, adoptava um modelo de posse e circulação de bola, apoiado num 4X4X2 em losango. Como tinha Nelson e Leo, laterais atacantes indispensáveis para jogar desse modo - isto é, sem extremos –, bem como um ponta de lança e um médio que entravam bem nas alas (Miccoli e Karagounis) e Simão, anteriormente um extremo, é um jogador tacticamente culto, que entende bem as diversas situações do jogo e sabe aparecer no meio, na área, o “todo” fazia sentido. Com esta base sugeriu a contratação de um “poste de área”, que lhe possibilitasse a adopção de um modelo alternativo quando necessário. Veio Cardozo.
De repente, Miccoli e Karagounis, jogadores base deste modelo, saíram. A importância de Simão aumentava exponencialmente (até por causa das bolas paradas) e Fernando Santos lá preparou a época fazendo de Simão o seu jogador-base. Ficou sem ele depois da pré-época. Como conhece mal o mercado mundial, não havia ainda Rui Costa nas suas actuais funções e já era tarde, vieram os disparates na maioria das contratações.
Depois de uma época com um treinador medíocre (Camacho), em que se não descortinava a existência de um qualquer modelo ou ideia de jogo, veio Quique, um treinador espanhol do 1º mundo futebolístico que, tal como Rafa Benitez, adopta um modelo de transições rápidas e passes longos num 4X4X2 clássico. Houve que contratar extremos, mandar embora os laterais demasiado atacantes e que por isso “não cabiam”, felizmente que Rui Costa abandonou pois um nº10 como ele, apesar da sua enorme categoria, dificilmente entraria nestas contas e lá se foi ao mercado contratar um ponta de lança rápido e móvel como Suazo. Resultado? Agora Cardozo, por quem o SLB pagou cerca de 10 milhões, parece demasiadas vezes um corpo estranho num modelo que dificilmente o comporta, excepto como solução de último recurso.
Tem sido esta a inconstância e o disparate do Benfica dos últimos anos. Não se pode repetir.
Nota: A responsabilidade da crise do Benfica passa também muito pelos benfiquistas que não integram os orgãos dirigentes. Não falando de alguns idiotas úteis que de futebol nada entendem, ver associados que são glórias do clube, como José Augusto, propor hoje em “O Jogo” o despedimento de Quique Flores e a contratação de treinadores como Manuel Cajuda ou Jorge Jesus, sabendo que um projecto consequente para o clube tem obrigatoriamente de comportar um treinador da 1ª divisão europeia, só pode fazer arrepiar os cabelos. Que raio, caro Zé, a idade não explica tudo e você sempre me pareceu jovem de espírito!
4 comentários:
Basicamente estou de acordo. Adianto apenas que o Rui Costa. o que lhe sobra de experiência como jogador, falta-lhe como director de futebol. Mas lá chegará...
Se ambos continuarem - o Rui creio que sim, o Quique não sei, talvez tudo dependa do resultado de sábado.. - para a próxima época, no que respeita a dispensas e contatações, terão que acertar melhor as agulhas.
A propósito da insatisfação dos benfiquitas, do que o José Augusto disse, recordo, há muitoas anos atrás, não sei precisar o ano, ter acompanhado o meu tio, mais um grupo de sócios, à secreataria na Jardim do Regedor, era o Xico Calado chefe do departamento de futebol, reclamar contra os resultados da equipa.
O Xico Calado disse: "Vocês andam sempre a miar!...
O meu tio respondeu: "Miar mia você e ou diz àqueles gajos para jogarem e ganharem jogos, ou temos caldeirada!"
Se estás de acordo, Gin-Tonic, passa a palavra a outros benfiquista e contribui, assim, para que a asneira não ganhe adeptos nem faça o seu caminho.
Abraço
Sou do Benfica…….
Amo este clube com uma força que nem tenho palavras para descrever. Mas a este Benfica falta aquilo que nunca faltou ao nosso glorioso a força agarra……. Sr. Rui Costa e Sr. Presidente VAMOS BUSCAR O SR. ALVARO MAGALHAES são homens como este que tem que estar numa equipa como a nossa ……. FORÇA BENFICA
Sou do Benfica…….
Amo este clube com uma força que nem tenho palavras para descrever. Mas a este Benfica falta aquilo que nunca faltou ao nosso glorioso a força agarra……. Sr. Rui Costa e Sr. Presidente VAMOS BUSCAR O SR. ALVARO MAGALHAES são homens como este que tem que estar numa equipa como a nossa ……. FORÇA BENFICA
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