João Vieira Pinto manifestou-se contra a inclusão de jogadores naturalizados na selecção portuguesa de futebol. Ou seja, para JVP voltaríamos ao império, à ditadura e aos brancos de segunda, os naturais das ex-colónias. Mas esta posição de JVP em favor do proteccionismo (e note-se que já aqui afirmei não ser favorável à integração indiscriminada na selecção de jogadores que não tenham tido sempre a nacionalidade portuguesa, devendo a questão ser analisada caso a caso – estive de acordo nos casos de Deco e Pepe, estou em desacordo na eventual integração de Liedson, por razões que aqui já expliquei) é pelo menos coerente: depois de uma extemporânea experiência fracassada no Atlético de Madrid, sempre JVP se recusou a testar a sua real valia como jogador numa liga europeia de primeira linha, preferindo o “aconchego” da sempre generosa imprensa desportiva portuguesa e do grande coração dos adeptos. Assim, a sua efectiva valia como jogador de categoria internacional, fora um ou outro fogacho ocasional, ficará sempre por testar e a dúvida por esclarecer. O que, bem vistas as coisas, talvez tenha acabado por jogar em seu favor.
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