terça-feira, agosto 28, 2012

Populismos e Corporativismos...

  1. O escândalo não são as excepções à regra nos salários de alguns gestores públicos: tais excepções são apenas ditadas por uma regra estúpida que limita o seu salário ao do primeiro-ministro, e pelo facto deste ter um salário quase ridículo. As cedências ao populismo e às "manchetes" do Correio da Manhã têm destas consequências. 
  2. Não percebo porque os médicos com mais de 50 ou 55 anos deverão ter um regime de excepção no que respeita ao seu trabalho nas urgências, tal como já não percebia porque razão os professores mais velhos tinham (e acho ainda têm) direito a uma carga horária aligeirada. No caso dos médicos mais velhos, até admito beneficiem, após as urgências, de um período de descanso um pouco mais alargado; no que diz respeito aos professores, nem isso, já que um professor mais experiente terá, em princípio, menos trabalho na preparação de uma aula e sofrerá menor desgaste na sua condução.

4 comentários:

Anónimo disse...

Felizmente que em alguns casos a idade ainda continua a ser um posto... Mas não deve ser por muito tempo: o alargamento da idade da reforma e a consequente obrigatoriedade de se trabalhar mais tempo já não deve tardar muito.

JC disse...

O alargamento da idade da reforma, para a generalidade das profissões, (haverá excepções) faz todo o sentido, e não será só pelo aumento da esperança de vida: muitas profissões viram a sua dureza, física e das condições em que eram exercidas, muito aligeirada nos últimos anos, felizmente, fruto das modificações tecnológicas, das lutas dos trabalhadores, da própria evolução do capitalismo e dos conceitos de gestão de mtªs das entidades empregadoras. Mas existirão sempe excepções a ter em conta, evidentemente.

Anónimo disse...


E como lidar com as empresas que procuram "pôr a correr" (despedir) os trabalhadores "velhos na casa dos 50 anos", apenas por questão de idade ?

Exemplos não faltam...um deles uma tal de PT.

Cumprimentos


JC disse...

Esse é de facto um problema. É mtº uma questão de moda, trazida pelo ultra-liberalismo e que encontrou alguma justificação racional nas rápidas mudanças tecnológicas. Na geração dos meus pais e avós era exactamente o contrário, prezava-se a experiência. O meu avô materno reformou-se perto dos 70 anos - e pq tomou a iniciativa. Não existe uma solução imediata, mas os próprios problemas que está o assunto a gerar penso acabarão por inverter a tendência. Mas é um problema grave...