Será com certeza desconfortável para António José Seguro, eleito secretário-geral pelas estruturas regionais (leia-se, concelhias e etc.) do partido, ver-se agora forçado a negociar com o governo e com o PSD a reorganização das autarquias, levando à fusão e extinção de algumas delas. Mas tratando-se de um reforma indispensável, já demasiado tempo adiada e onde PS e PSD deram um bom exemplo de cooperação em Lisboa, parece-me bastante negativo Seguro venha agora publicamente e à partida impor condições para tal negociação, algo que me parece a maioria dos cidadãos terá dificuldade em compreender e aceitar. Parece-me, isso sim, bem mais ajuizado e positivo para os socialistas e para o país que Seguro manifeste maior ou até mesmo total abertura negocial e, depois, tente fazer valer durante a negociação os seus pontos de vista. Do modo como o fez, esqueceu o país, penso mesmo que terá posto de parte o partido no seu todo e falou apenas para a sua base social de apoio partidária. Digamos que foi "poucochinho".
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