Acho cada vez menos vejo o mesmo jogo do que a maioria dos jornalistas e comentadores de futebol. Ontem, no Portugal-Islândia, achei Rui Patrício fez uma exibição medíocre. É certo que, no início do jogo, fez uma boa e difícil defesa a remate de cabeça de um jogador islandês (faria o 0-1), embora a bola fosse sem muita força e o remate tivesse sido um pouco denunciado. Mas foi quase à queima-roupa, daí o crédito por essa defesa. Mas já no segundo golo islandês andou literalmente "aos papéis", de nariz no ar (diga-se, em abono da verdade, que juntamente com os centrais), enquanto a bola andava por ali, em jogo aéreo na pequena área que, como se sabe, é terreno da jurisdição do guarda-redes. Quanto ao resto do jogo, nada de especialmente brilhante ou comprometedor, pelo que não percebo as razões de tantos elogios na imprensa desportiva.
Sendo benfiquista, devo salvaguardar nada ter contra o sportinguista Rui Patrício, que, sendo um guarda-redes mediano a nível internacional, é o melhor português no seu posto e merece amplamente o lugar na selecção nacional. Inclusive, tem boas condições físicas para o lugar e, como agora se diz, margem de progressão para melhorar as qualidades que já possui. Mas, até para que potencie as suas já reconhecidas qualidades, nada disso se deve substituir ao rigor de análise das suas prestações.
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