Não quero exagerar dizendo que o debate de hoje na Assembleia da República sobre a moção de censura apresentada pelo PS foi deprimente. Mas foi-o, sem dúvida, de muito baixa qualidade, situação agravada pelo facto do PS, apesar da posição de força que a apresentação de uma moção de censura poderia sugerir, se apresentar a debate fragilizado por saber, e se conhecer, não estar na posse de uma solução governativa viável nem poder implementar uma clara alternativa política e estratégica à actualmente dominante na UE.
Mas perante esta reconhecida mediocridade do debate, duas opções podem ser consideradas:
- Criar condições para atrair para a vida política gente melhor preparada, com um perfil mais adequado para a função e para o debate, com melhores qualificações e formação política acrescida, o que inclui, obviamente, prestigiar a função e considerar a oferta de melhores condições de trabalho e salariais.
- Ou deixar estar tudo como está, alimentando o ataque aos "altos salários" e "mordomias" dos políticos, arriscando-nos assim a assistir a uma cada vez maior degradação da qualidade do debate e do trabalho político. Também da vida do país, claro está.
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