Os perigos e consequências da demagogia populista estão bem visíveis na situação actual do SCP. Levado ao poder por via de uma gestão financeira irresponsável e de uma política desportiva desastrosa da direcção Godinho Lopes (e não só), Bruno de Carvalho foi visto por muitos sportinguistas como o Messias, o D. Sebastião que iria combater os "malvados" da Banca e, assim, "salvar" um clube sobre-endividado de décadas de declínio, entregando-o de novo aos seus legítimos proprietários, os seus sócios e adeptos. A acéfala comunicação social desportiva deu-lhe cobertura, e começou por exaltar as suas tiradas e atitudes populistas ao estilo "O Sporting é de novo nosso" (cito de cor), bem como o facto de ter decidido sentar-se no "banco" de suplentes. Dois resultados positivos ajudaram ao "estado de graça". Agora surgem os problemas, e vem à luz do dia o facto de não estar preparado nem ter os apoios indispensáveis para exercer as funções para as quais foi eleito. Conhecemos bem o que se vai seguir: aproveitando o sentimento geral anti-Banca que grassa no país, muitas vezes com razão, Bruno de Carvalho prepara-se para fazer dessa mesma Banca, que, neste caso, tenta apenas salvaguardar os seus interesses e dos seus "stakeholders" (clientes, depositantes, investidores, outros credores, etc), bode expiatório para os problemas que a sua direcção enfrenta e para os quais não tem solução sem a colaboração dos que agora ataca. Digamos que o mito vai durar ainda menos tempo do que alguma vez supus.
4 comentários:
Lagartices...
Mais um Xico, perdão, Bruno esperto.
Quer-me parecer que a "coisa" vai acabar mtº mal, que o mundo não está para brincadeiras.
Se calhar vai mesmo.
Dia 21 há que mantê-los em sentido quando se deslocarem à catedral.
Ora, nem mais. Bem quietinhos.
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