Depois de, em 2009, ter aceitado, contra tudo o que era politicamente recomendável, dar posse a um governo minoritário em plena crise financeira mundial; depois de, antes disso, ter conspirado activamente contra o governo de maioria de José Sócrates; depois de ter deixado a concertação social chegar a um ponto de quase ruptura; no momento em que na sociedade portuguesa se consolida um consenso, que vai da direita à esquerda, dos patrões aos sindicatos, contra o radicalismo "austeritário" da UE e deste governo, Cavaco Silva vem agora publicamente apoiar um apelo tardio e de eficácia mais do que duvidosa, de um governo maioritário mas isolado, ao "diálogo" e ao "consenso". Será que vale ainda a pena acrescentar o que quer que seja à credibilidade política e ao perfil pessoal de tal personagem?
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