Deixemos de lado, momentaneamente, as nossas concordâncias ou discordâncias com o conteúdo. Se possível, ignoremos também, durante alguns momentos, ódios e paixões pelo personagem. Tidos em consideração estes dois pontos prévios, o que podemos dizer do "tempo de antena" - travestido de "comentário político", o que sempre acontece nestas circunstâncias e em casos semelhantes - de José Sócrates na RTP? Bom, aquilo que seria de esperar tendo em atenção o seu perfil e o estilo a que nos habituou: grande profissionalismo, comunicação directa e convicta do que afirma, um guião bem construído, e que me parece vir a mudar pouco ou nada em função das circunstâncias, e trabalho rigoroso de um "staff" onde parece bem evidente o dedo de Pedro Silva Pereira. Contraste claro com o estilo mais "ad lib" e truculento, mais "popularucho" e "one man show", digamos também mais espectacular e "catavento", de Marcelo Rebelo de Sousa. De José Sócrates, ao contrário do que acontece com Marcelo Rebelo de Sousa, não se esperem pois grandes surpresas. Força ou fraqueza? Depende. Direi que as duas em conjunto.
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