domingo, maio 13, 2012

Onde se lembra a António José Seguro a sua condição de líder do PS

"Foi mau demais e eu penso que os portugueses estão todos chocados com estas declarações do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Isto é próprio de um primeiro-ministro que está ausente da realidade e que não sente o sofrimento e o drama dos milhares de portugueses que neste momento não têm um emprego", condenou.
Ora vamos lá ver... António José Seguro não é um analista ou comentador político. Um académico a preparar um qualquer paper ou a sua tese de mestrado. António José Seguro é o líder do principal partido da oposição, o único que tem constituído alternativa de governo aos que formam a actual coligação. Um partido europeísta, defensor de uma economia baseada na livre iniciativa e no Estado Social, progressivo e cosmopolita nas questões de costumes. Portanto, não pode Seguro limitar-se a exprimir uma opinião, sobre este ou qualquer assunto da acção governativa, num sentido positivo ou negativo, sem que isso se deva reflectir no comportamento político do seu partido e no seu relacionamento com o governo. E isto será ainda mais verdadeiro numa situação de enorme gravidade, nacional e internacional, como é a que actualmente vivemos, em que uma grande maioria dos portugueses não gostará de se sentir "entalada" entre uma política governamental que parece deixar pouca esperança de poder vir a ser bem sucedida e o radicalismo anti-sistema e desafiador da democracia liberal de PCP, BE e alguns populismos que por aí de vez em quando teimam em espreitar. É este o recado, simples, que me permito deixar ao actual líder do PS: que ocupe de vez o espaço político que lhe compete.

Sem comentários: