Ganhem o PS ou o PSD as eleições, uma coisa começa a parecer evidente: dificilmente PSD e CDS não terão maioria absoluta, e nesse caso parece claro que nem o PS, mesmo que vença, conseguirá formar um governo não minoritário, nem existirão razões suficientemente fortes para Pedro Passos Coelho ser afastado da presidência do PSD.
Claro que tal não significa não venha a ser o PS o partido inicialmente chamado pelo PR para formar governo; mas perante a impossibilidade de tal se concretizar, não restará alternativa a Cavaco Silva a não ser aceitar uma coligação maioritária PSD/CDS, que ambos (e, já agora, eventualmente também o PR) evitarão se estenda aos socialistas. Resta saber até que ponto um governo sem representação do partido mais votado poderá, apesar de maioritário, estar em posição de governar nas actuais circunstâncias. Não me parece.
Perante isto, compete agora ao PS evitar uma maioria absoluta PSD/CDS. Para tal, nas próximas duas semanas e meia terá de evitar que as perdas do PSD "escapem" apenas para o CDS. Tarefa que me parece bem complicada.
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