terça-feira, maio 10, 2011

Eduardo Catroga no "Prós & Contras"

Tinha dito aqui que algumas das propostas incluídas no programa eleitoral do PSD, concorde-se ou não com elas, possíveis ou impossíveis de implementar, poderiam, no curto-prazo, ser capazes de inverter, ou estancar, a tendência decrescente do partido revelada pelas últimas sondagens. Tinha dito, repito, já que depois da desastrosa prestação de Eduardo Catroga no "Prós & Contras" de ontem (mais uma) começo a duvidar tal se possa vir a concretizar. Crispado, "contra tudo e contra todos", por vezes a roçar a má-educação ou mesmo a grosseria, Catroga mais parecia, por vezes, o "camarada" Américo Duarte, primeiro deputado eleito pela UDP, ou o tempo de antena de um partido extremista radical nos idos de 70 do século passado, do que um professor universitário com bem sucedida carreira de gestor no sector privado e dirigente (de facto, embora não de jure) de um partido do "arco governamental" que pode bem vir a nomear o próximo primeiro-ministro do governo português. Pior: deixou que o debate se centrasse num tema (a redução da TSU) que, além de controverso e um pouco esotérico para muitos eleitores, pelo modo pouco claro como é abordado no programa eleitoral do PSD se presta facilmente a um contra-ataque do PS, agitando este a possibilidade do aumento de impostos a que porventura tal medida obrigará. Como que para confirmar tal radicalismo, acabou a apontar para o "dossier" que continha o programa eleitoral do PSD quase como um guarda da revolução agitava o "livrinho vermelho" de Mao Tse Tung. No meio de tudo isto, bastou a Silva Pereira assumir um certo "low-profile" responsável e a António Pires de Lima (que deve ter cerca de menos vinte anos de idade do que Catroga) adoptar uma atitude quase paternalista de quem se mostra agastado com os devaneios radicais e um pouco irreflectidos do filho imaturo e nem sempre demonstrando a boa educação porventura recebida. Quando tudo parecia indiciar um 2 contra 1 (Catroga e Pires de Lima contra Silva Pereira), o bom do ex-assistente de Economia de Empresa (se bem me lembro...)da minha velha escola acabou por ficar sozinho contra o mundo e sujeitar-se a que Pires de Lima invocasse a amizade entre ambos para com mais autoridade o criticar. Um desastre!

Para concluir, quer-me bem parecer que ao adoptar o discurso e comportamentos do anti-sócratismo mais primário e radical, de uma algo reduzida mas visível e barulhenta "vanguarda" activista anti-Sócrates, o PSD estará a tomar a nuvem por Juno e, em vez de alargar o seu leque de apoiantes, arrisca-se a afastar de si um número elevado de potenciais eleitores. Como ainda não viu isto é para mim insondável mistério.   

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro JC

O homem "endoidou" de vez, como já aqui foi referido anteriormente. Virou radical básico. Só lhe falta uma boina para alinhar ao lado do camarada Américo Duarte.
Para mim passa a ser o radical "skate men".
Com esta gente, ao que se soma um tal de Relvas, estamos mesmo tramados.

Cumprimentos

JC disse...

Não me lembro se Américo Duarte usava boina. Vou tentar confirmar...

Anónimo disse...

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