Quando falamos de indecisos e da necessidade dos partidos os "convencerem" neste final de campanha eleitoral, estamos exactamente a falar de quê e de quem? De gente pouco educada e politizada, ou com formação, ideias e ideais políticos consistentes? Dos que hesitam entre o voto no BE ou no PS? Idem entre o PSD e o CDS? Nos que oscilam entre a abstenção e o voto num partido? Entre o voto branco ou nulo, a abstenção ou o voto de protesto num pequeno partido? E em que distritos/círculos eleitorais? Com que perfis "psicográficos"? Mais alguma coisa? Estamos - acho eu - perante um mercado que me parece suficientemente complexo e "segmentado" para merecer abordagens diferentes consoante as situações.
Assim sendo, será que PS e PSD (principalmente, estes) estão a levar tal coisa em consideração e a ser eficazes conseguindo ter os discursos mais adequados a cada um dos segmentos em questão, aproveitando os canais de comunicação ideais? Ou não estarão antes, com referências a Hitler e Drácula, paquistaneses transportados em autocarros e denúncias de casos que mais parecem não o ser, a tratar tudo por igual, tipo "mass market", dirigindo-se apenas a um segmento e assim atirando para a abstenção muitos dos tais indecisos? Enfim... acho que talvez os partidos políticos andem a tratar este tema com pouco cuidado e, deste modo, a esbanjarem recursos sendo pouco eficazes.
Talvez fosse bom trocarem algumas impressões sobre o assunto. Talvez.
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