A pergunta que se deve fazer é porque é que depois de uma época muito negativa e após a comunicação de ontem de Luís Filipe Vieira o SLB se arrisca a iniciar a época com um treinador fragilizado? Bom, em primeiro lugar os benfiquistas estão, segundo parece, demasiado divididos quanto ao assunto para que LFV arrisque uma ruptura, principalmente perante as recentes movimentações da corporação (Villas-Boas, Domingos, Paulo Bento) saída em defesa de um dos "seus"(JJ). Em segundo lugar, existe a questão da indemnização, embora eu arrisque que, tendo o seu peso, está longe de constituir o principal travão. Mas, mais importante que as duas anteriores e talvez constituindo mesmo a questão-chave, no SLB, ao contrário do que acontece com o FCP que tem uma "bolsa" de treinadores com percurso ou ligação ao clube aos quais pode sempre recorrer (Domingos, Jorge Costa, etc), não existe, de momento, uma alternativa credível, suficientemente conhecedora do clube, que não signifique começar tudo de novo, do zero, com todos os riscos daí inerentes. Mantendo Jorge Jesus mas retirando-lhe poderes, LFV fragiliza-o e ao grupo, mas ganhará algum tempo para preparar uma solução de alguma continuidade no caso de uma previsível saída futura do actual treinador no final ou durante a próxima época.
Arriscado? Sem dúvida; mas face ao leque de opções existente, apesar de tudo talvez a de menor risco para LFV.
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