quinta-feira, outubro 08, 2009

Da "linha justa" ou o PSD (m-l)

Caso não se trate apenas de retórica destinada a obter maiores concessões do PS num futuro programa de governo, algo perfeitamente legítimo em termos de luta política, o discurso radical e pequeno-burguês de Ferreira Leite fazendo apelo ao purismo ideológico, à “linha justa”, mais habitual nos grupelhos M-L do pós 25 de Abril do que num partido institucional, de poder, pode ser muito agradável de ouvir por parte dos “puros”, dos indefectíveis, mas arrisca-se a estreitar a base de apoio eleitoral do partido e, pior, a afastar dele os sectores e grupos mais influentes que nele se têm reconhecido, mormente na área do empreendorismo económico.

Depois da lógica “purgatória” que presidiu à composição das listas eleitorais (apesar de tudo, algo ainda compreensível) e da argumentação explicativa vinda dos comentadores ligados ao PSD e a Belém sobre o caso Fernando Lima, ambas a fazer lembrar velhas práticas e análises justificativas semelhantes sobre a actuação do comité Central do PCUS ou do PCC nos tempos de antanho, começam a ser muitas coincidências. Demasiadas, não é assim José Pacheco Pereira?

2 comentários:

João Pedro Santos disse...

As declarações da lider do PSD ao afastar "ajudar de forma envergonha José Sócrates" são não só naturais como um sinal de abertura para um eventual entendimento pois sugerem implicitamente a possibilidade de um entendimento às claras e, como é natural, com cedências mútuas.

JC disse...

Caro JP Santos: Como começo por dizer no "post", não afasto essa possibilidade. Espero que assim seja. Cumprimentos