Caso não se trate apenas de retórica destinada a obter maiores concessões do PS num futuro programa de governo, algo perfeitamente legítimo em termos de luta política, o discurso radical e pequeno-burguês de Ferreira Leite fazendo apelo ao purismo ideológico, à “linha justa”, mais habitual nos grupelhos M-L do pós 25 de Abril do que num partido institucional, de poder, pode ser muito agradável de ouvir por parte dos “puros”, dos indefectíveis, mas arrisca-se a estreitar a base de apoio eleitoral do partido e, pior, a afastar dele os sectores e grupos mais influentes que nele se têm reconhecido, mormente na área do empreendorismo económico.
Depois da lógica “purgatória” que presidiu à composição das listas eleitorais (apesar de tudo, algo ainda compreensível) e da argumentação explicativa vinda dos comentadores ligados ao PSD e a Belém sobre o caso Fernando Lima, ambas a fazer lembrar velhas práticas e análises justificativas semelhantes sobre a actuação do comité Central do PCUS ou do PCC nos tempos de antanho, começam a ser muitas coincidências. Demasiadas, não é assim José Pacheco Pereira?
Depois da lógica “purgatória” que presidiu à composição das listas eleitorais (apesar de tudo, algo ainda compreensível) e da argumentação explicativa vinda dos comentadores ligados ao PSD e a Belém sobre o caso Fernando Lima, ambas a fazer lembrar velhas práticas e análises justificativas semelhantes sobre a actuação do comité Central do PCUS ou do PCC nos tempos de antanho, começam a ser muitas coincidências. Demasiadas, não é assim José Pacheco Pereira?
2 comentários:
As declarações da lider do PSD ao afastar "ajudar de forma envergonha José Sócrates" são não só naturais como um sinal de abertura para um eventual entendimento pois sugerem implicitamente a possibilidade de um entendimento às claras e, como é natural, com cedências mútuas.
Caro JP Santos: Como começo por dizer no "post", não afasto essa possibilidade. Espero que assim seja. Cumprimentos
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