Contrariamente ao que uma análise apressada possa levar a concluir, não me parece ser o fim das reformas na educação uma fatalidade para este governo minoritário, o que significaria entregar por mais alguns anos a gestão do sector à Fenprof e ao PCP – e, neste caso específico, aos seus “compagnons de route”, “Bloco” e Manuel Alegre – com todas as suas negativas consequências. Se aprofundarmos bem, chegaremos à conclusão que o que separou, em algumas áreas, a gestão Mª de Lurdes Rodrigues - a (o) melhor ministra(o) da educação de que tenho memória – de algumas propostas do CDS é mais forma do que conteúdo, mais a metodologia do que os objectivos. Por exemplo, na tão controversa “avaliação”, em que, na sua essência, tanto o projecto do governo Sócrates quanto as propostas do CDS coincidiam, se não estou em erro, pelo menos num ponto: a necessidade de classificar os professores e os diferenciar de acordo com o seu desempenho efectivo.
Se colocarmos de lado questões demasiado controversas e radicais como as do cheque-ensino e a da total liberdade de escolha da escola pelos alunos e respectivos pais, penso que, também entre os dois partidos (PS e CDS), assuntos como uma maior autonomia das escolas na escolha dos seus docentes, fim das nomeações por eleição, maior disciplina na escola e, até, a abertura a uma certa diferenciação salarial consoante os problemas específicos de cada estabelecimento de ensino, poderão não andar muito longe de razoável consenso, o que, com o PSD actual sem vida para estas coisas, deixaria o apoio da Fenprof entregue apenas a PCP e “Bloco”. Realidade ou wishful thinking? Não sei, mas não ficaria surpreendido se o principal obstáculo viesse de algumas áreas do próprio PS. Estou curioso...
Se colocarmos de lado questões demasiado controversas e radicais como as do cheque-ensino e a da total liberdade de escolha da escola pelos alunos e respectivos pais, penso que, também entre os dois partidos (PS e CDS), assuntos como uma maior autonomia das escolas na escolha dos seus docentes, fim das nomeações por eleição, maior disciplina na escola e, até, a abertura a uma certa diferenciação salarial consoante os problemas específicos de cada estabelecimento de ensino, poderão não andar muito longe de razoável consenso, o que, com o PSD actual sem vida para estas coisas, deixaria o apoio da Fenprof entregue apenas a PCP e “Bloco”. Realidade ou wishful thinking? Não sei, mas não ficaria surpreendido se o principal obstáculo viesse de algumas áreas do próprio PS. Estou curioso...
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