Confesso, desde já, ter ouvido com pouca atenção os discursos de tomada de posse do XVIII Governo Constitucional, já que a hora foi pouco propícia a devaneios do género. Mas, “do comido e do provado”, como diria o incontornável José Quitério, isto é, e neste caso, do ouvido prestando, ao contrário da coruja, não muita atenção, que posso dizer?
Em primeiro lugar que o quase programático discurso de Cavaco Silva apenas acentua as dificuldade daquele que, mais do que um primeiro-ministro, foi um CEO de um governo quando a política está “no posto de comando”. Por outro, ao querer deixar bem vincada a sua disponibilidade para a tal cooperação estratégica e ao assinalar que não será obstáculo à governação, naquilo que pode ser interpretado como um recuo face á sua última declaração ao país (ou à comunicação social...), o Presidente da República apenas conseguiu demonstrar urbi et orbi a fragilidade política em que essa sua última comunicação aos portugueses o deixou. Se quisermos utilizar uma expressão popular, Cavaco Silva veio “pedir batatinhas” a José Sócrates.
Em segundo lugar, José Sócrates tentou fazer aquilo que qualquer bom negociador nunca poderá deixar de fazer, mesmo numa posição de aparente (ou real) fragilidade: delimitar e acantonar-se no seu território (o programa com que se apresentou ao país) e, numa manobra tipicamente militar, tentar parecer mais forte do que aquilo que realmente é, assustando o inimigo. Essa será a sua base de negociação, e o recado serviu também para um Cavaco Silva em perda de autoridade, e será a partir dela que ameaçará com novas eleições quando tentarem forçar a sua rendição. E nessa ocasião, tal como o general McAuliffe cercado em Bastogne durante a Batalha das Ardenas sabendo que estrategicamente terá tudo a seu favor, responderá “nuts”! Nada de novo, portanto.
Em primeiro lugar que o quase programático discurso de Cavaco Silva apenas acentua as dificuldade daquele que, mais do que um primeiro-ministro, foi um CEO de um governo quando a política está “no posto de comando”. Por outro, ao querer deixar bem vincada a sua disponibilidade para a tal cooperação estratégica e ao assinalar que não será obstáculo à governação, naquilo que pode ser interpretado como um recuo face á sua última declaração ao país (ou à comunicação social...), o Presidente da República apenas conseguiu demonstrar urbi et orbi a fragilidade política em que essa sua última comunicação aos portugueses o deixou. Se quisermos utilizar uma expressão popular, Cavaco Silva veio “pedir batatinhas” a José Sócrates.
Em segundo lugar, José Sócrates tentou fazer aquilo que qualquer bom negociador nunca poderá deixar de fazer, mesmo numa posição de aparente (ou real) fragilidade: delimitar e acantonar-se no seu território (o programa com que se apresentou ao país) e, numa manobra tipicamente militar, tentar parecer mais forte do que aquilo que realmente é, assustando o inimigo. Essa será a sua base de negociação, e o recado serviu também para um Cavaco Silva em perda de autoridade, e será a partir dela que ameaçará com novas eleições quando tentarem forçar a sua rendição. E nessa ocasião, tal como o general McAuliffe cercado em Bastogne durante a Batalha das Ardenas sabendo que estrategicamente terá tudo a seu favor, responderá “nuts”! Nada de novo, portanto.
6 comentários:
Toda esta falsa concórdia era previsível, desde o lamentável episódio das tenebrosas escutas. Batatinhas? Sim! Mas recheadas de sapos vivos!
De notável no dia de ontem apenas os 6-1 com que o Glorioso brindou os madeirenses e o pensamento profundo do filósofo relativista Manuel Machado "Um vintém é um vintém e um cretino é um cretino!”
Não vi o jogo!!! Tive um jantar a que não podia faltar. O meu filho, que estava no estádio, ia enviando sms com a evolução do resultado. Notável!
Bolas, o dinheirão que o teu filho deve ter gasto em sms :) para a próxima ele que mande só de 3 em 3 golos...
Mas, JK, o SLB bem o merece... E que felicidade minha ao recebê-los!!!
Já repararam que os comentarios s/ a posse são todos s/ o Glorioso?
As pessoas comentam o que acham verdadeiramente importante... (estou a brincar, claro...)
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