Em algumas das reformas que iniciou ou tentou iniciar, o governo PS de maioria absoluta viu-se perante aquilo que se pode designar por um “efeito de tenaz”: por convicção, umas vezes, ou por oportunismo partidário gerado pela luta política, outras, viu-se atacado à esquerda e à direita, simultaneamente. Este efeito foi claramente visível naquelas reformas onde alguma contestação de rua forçou o recuo do governo: professores e racionalização do Serviço Nacional de Saúde.
A partir do momento em que, pela sua essência, o futuro governo minoritário se verá obrigado a negociar as suas políticas, ora à esquerda ora à direita consoante os casos, esse “efeito de tenaz” tenderá a diminuir ou até mesmo a ser eliminado, o que não deixa de ser uma boa notícia para quem tem da sociedade uma visão reformadora. Se essa sua essência minoritária, por um lado, pode fragilizar o futuro governo, a necessidade de negociar apoios pode, por outro lado, fortalecê-lo na aplicação das suas decisões, principalmente quando se tratar de enfrentar a “rua”.
A partir do momento em que, pela sua essência, o futuro governo minoritário se verá obrigado a negociar as suas políticas, ora à esquerda ora à direita consoante os casos, esse “efeito de tenaz” tenderá a diminuir ou até mesmo a ser eliminado, o que não deixa de ser uma boa notícia para quem tem da sociedade uma visão reformadora. Se essa sua essência minoritária, por um lado, pode fragilizar o futuro governo, a necessidade de negociar apoios pode, por outro lado, fortalecê-lo na aplicação das suas decisões, principalmente quando se tratar de enfrentar a “rua”.
3 comentários:
O problema não está nos acordos mais à esquerda, mas sim à direita, pois já sabemos quem pode vir a trazer sarna para a "rua"...Ou seja, há a possibilidade real de muitas das reformas necessárias, que implicam bom senso (e o bom senso, perdoem-me, mas está actualmente mais à direita), ficarem na gaveta. Em meu entender é bem mais fácil gerir a tenaz quando há uma maioria.
Não me parece. Quando o governo fizer acordos à direita (para algumas reformas necessárias terá que os fazer) sabemos terá o PCP e os sindicatos do Ensino e da FP na rua (e com isso, isoladamente, lidará menos mal ). Mas não terá a dtª (pelo menos toda...) a apoiar essas manifs., como aconteceu com os profs e o SNS mais o Sr. Litério da Anadia (foi reeleito!). De cada vez, terá que se voltar apenas para um lado.
Mantenho a minha, meu caro.
Daqui a um ano falamos...Queiram os deuses que tenha razão...
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