quarta-feira, setembro 25, 2013

E como vamos de política?

  1. Passo no Rossio quando na placa central se realiza uma manifestação de aposentados da Função Pública com gente afecta ao PCP e "compagnons de route". Poucas centenas de manifestantes, mesmo muito poucas e ainda menor combatividade. Tantas vezes PCP e CGTP convocaram os seus filiados apenas "porque sim", por vezes por puro conservadorismo outras, simplesmente, para testar e manter viva a sua capacidade de mobilização, sem conseguirem alcançar nenhum resultado assinalável, que agora, quando o governo põe em causa o valor da pensão que muitos deles já há anos recebem, quando o "lobo mau" parece ter finalmente chegado, já poucos acreditam a sua mobilização conseguirá inverter o estado actual das coisas. 
  2. António Costa tem tudo para alcançar um resultado retumbante em Lisboa: boa imagem junto de muito do eleitorado de centro-direita e direita, com excepção da "vanguarda revolucionária" "passista"; capacidade de diálogo à esquerda" numa cidade onde PCP e "Bloco de Esquerda" contam; um trabalho visto como razoável à frente da autarquia; uma candidatura PSD/CDS, com Seara, Carlos Barbosa e Teresa Leal Coelho, desastrada e que mais parece um péssimo filme de terror da "série B" (sem ofensa para estes); por último, a crença de que o voto em Costa é também, pelo menos em alguma medida e para além de um voto contra o governo, um voto contra António José Seguro, ou pelo menos um aviso à sua liderança. O seu único adversário sério será mesmo a abstenção, mas até S. Pedro parece estar a dar uma ajuda. 

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