Claro que não posso deixar de rir perante aqueles cartazes, entre a naïveté e o ridículo, não raramente com erros ortográficos e gramaticais, a que se convencionou chamar "Tesourinhos das Autárquicas". Mas, sem querer parecer demasiado "politicamente correcto", não deixo de pensar que a geração anterior a esta que agora se candidata seria provavelmente analfabeta ou pouco menos do que isso, cavaria a terra com uma enxada ou teria emigrado para o "bidonville da região "parisienne". Neste aspecto, com pontapés na gramática e imagens que nos fazem rir, com asneiras e por certo enormes erros de gestão, estas candidaturas de gente que, autonomamente ou integrada em partidos políticos, se propõe dirigir a sua terra, representam um enorme "salto em frente", marcam um enorme abismo geracional que prova o que Portugal conseguiu evoluir nos últimos 40 anos. Provavelmente, a geração que se irá seguir, se a tal não obstar o "empobrecimento" arvorado agora em estratégia oficial, será licenciada ou terá qualificações acrescidas, será menos ingénua e mais cosmopolita, não dará erros de ortografia ou pontapés na gramática e saberá gerir a sua terra cometendo menos erros e com proficiência acrescida. Espero bem que assim seja.
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