A RTP é uma empresa pública, com a especificidade de ser responsável pelo serviço público de rádio e televisão; por isso mesmo, os seus accionistas são todos os portugueses. Ora acontece que quem representa todos os portugueses são os deputados por eles eleitos democraticamente, com assento na Assembleia da República. Por isso mesmo, só existe uma entidade verdadeiramente independente e com representatividade democrática para nomear a gestão da RTP e controlar o seu funcionamento: a Assembleia da República ou qualquer outra entidade na qual esta delegue poderes de representação. E para evitar ou pelo menos minorar as habituais tentações de governamentalização, tal deve ser feito com o acordo de 2/3 ou até mesmo de 4/5 dos deputados. Isto é assim tão difícil de entender por um académico reputado como o dizem ser o ministro Poiares Maduro? Ou será que estamos perante mais uma parvoíce em tudo idêntica aquele disparate de má memória de entregar o segundo canal a uma entidade mítica chamada "sociedade civil"? Para disparate, não bastou já?
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