Quem, para além do governo, não se sai nada bem da declaração de inconstitucionalidade de algumas normas do código do trabalho, decretada ontem pelo Tribunal Constitucional, são a UGT e João Proença. Para além dos problemas que tiveram de enfrentar, em devido tempo, para explicarem "à cidade e ao mundo" o terem assinado um acordo de concertação social penalizador do mundo do trabalho, sem que se vislumbrasse qualquer contrapartida valiosa que o justificasse, viram agora algumas normas do documento que assinaram serem consideradas inconstitucionais, substituindo-se os juízes aos sindicalistas naquilo que a estes competiria em primeiro lugar: a defesa do mundo do trabalho. Mais ainda, João Proença não só se vê desautorizado pelo seu sucessor (Carlos Silva), como assiste, com certeza com alguns amargos de boca, ao regozijo da direcção do PS, qual "pirueta" digna do mais festejado artista de circo. Entretanto, CGTP, PCP e BE, estes dois últimos responsáveis pelo envio do documento para o TC, esfregam as mãos e celebram a vitória conquistada. Digamos que espera a Carlos Silva trabalho duro se quiser evitar o descrédito total da central sindical a que preside. Quanto a João Proença, seria bem melhor pôr-se a bom recato nos tempos mais próximos.
4 comentários:
Mas o homem (o Proença de nome próprio João) quer é "tacho"...basta ver o que arranjou mal saiu da UGT.
Alguma vez terá trabalhado ?
Cumprimentos
E ser engenheiro químico, secretário-geral de uma central sindical, deputado, dirigente político, etc, não é trabalhar?
E os calicezinhos de Vinho do Porto que Cavaco Silva e Torres Couto bebiam no final de cada assinatura de acordos de concertação social?
O descrédito da UGT data do dia da sua constituição.
Até logo.
Ouve, gin-tonic, nada tenho contra a concertação, antes pelo contrário. Como deves calcular, até não me identifico com a recusa sistemática da CGTP à negociação, mas também não defendo acordos só "porque sim". Por isso mesmo, até acho normal que celebrem as assinaturas dos tais acordos, com o que quiserem beber. A questão é existir ou não algum equilíbrio entre perdas e ganhos, o que manifestamente no caso actual não me parece ter existido, demasiado desequilibrado e penalizador que foi o acordo para o mundo do trabalho. E enfim... apesar de tudo ainda me rsta alguma consideração por João Proença, o que nunca aconteceu para com Torres Couto.
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