quinta-feira, julho 04, 2013

Pedro e Paulo ou o único racional possível

Recusando-me a acreditar tudo não passa de uma birra entre adolescentes, de "catraios" ou de "gaiatos", como se diria no vernáculo "tripeiro" muito adequado para definir certo tipo de situações, não retiro nem uma linha ao raciocínio que aqui exprimi. Acontece que a estratégia de Portas não terá sido bem compreendida ou, o que é bem mais provável, não terá sido bem recebida pelos orgãos dirigentes do CDS, que não terão querido correr os riscos inerentes, e Paulo Portas viu-se assim obrigado a recuar nas suas intenções. O problema é que se a estratégia inicial de Portas comportava riscos, mas também, se bem gerida, continha potencialidades para uma afirmação do CDS como partido preferencial do voto da direita, o actual recuo arrisca-se a arrastar o CDS num muito possível processo de "pasokização" do PSD, comportando enormes riscos para a democracia e para o regime. Veremos o que nos reservam as próximas sondagens.

2 comentários:

Rui disse...

Caro JC,

Devo-lhe dizer que o seu raciocínio falhou desta vez, não por culpa sua, mas talvez pela inqualificável loucura em que mergulhamos nos últimos dias. Só falta ser anunciado que PP será o novo ministro das finanças e que Jorge Jesus sobraçará a pasta da cultura. Mas, mesmo assim, prefiro o remendo que pode aí vir dentro de horas, do que eleições antecipadas e o (in) Seguro. Quem manda no País são os credores em quem voluntariamente nos dependuramos e eles não estariam para aí virados.

Abraço

JC disse...

Meu caro, estes gajos nem me deixam ver Wimbledon sossegado :-). Mas não acho o meu raciocínio tenha falhado assim tanto. Como digo neste "post", o CDS não "comprou" a estratégia de Portas e agora este está a tentar salvar a face e conseguir alguns benefícios para o partido. Deviam ser todos postos durante 5 dias a ouvir o Adriano Moreira, ontem na TVI, para ver se aprendem alguma coisa de útil.
Cumprimentos.