No momento em que tantos acusam Paulo Portas e Passos Coelho de serem os responsáveis pela actual crise política, que falam da estabilidade necessária perante os "mercados", convém lembrar que os responsáveis últimos pela ameaça de ruptura governamental, pela instabilidade governativa e pela fragilidade das opções dentro daquilo que normalmente se designa como "arco governativo", são, na realidade, aqueles que nos pretendem impor a todo o custo um programa político e económico que se prova ser inviável e impossível de implementar nas condições concretas da sociedade portuguesa: os credores, os "mercados" e os que politicamente os representam. Se podemos e devemos, pela mediocridade de que dão provas, pelo seu comportamento político e "caldo de cultura" que ajudaram a criar, pedir satisfações a Portas, Coelho, Seguro, Cavaco e "tutti quanti", não podemos também ignorar este ponto, sob o risco de vermos a árvore e esquecermos a floresta.
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