Não vale a pena perder demasiado tempo com grandes ou pequenas elocubrações sobre a correcção ou incorrecção técnica do diploma que prevê a prescrição de medicamentos através do “principio activo” para se determinar da justeza da decisão de Cavaco Silva. Também não me parecem ter sido levadas em conta no veto presidencial, ou terem nele importância decisiva, quais as corporações ou classes de utentes e população que tal diploma vai beneficiar ou prejudicar: o veto é político. Trata-se, pura e simplesmente, de “marcar território”, e para tal o diploma bem poderia versar sobre algo tão caricato como “a importância das barbatanas dos peixes na ondulação da agua do mar”: o seu destino seria o mesmo. No fundo, para Cavaco Silva este veto não mais é do que a segunda parte do seu discurso de vitória.
5 comentários:
Meu caro,
Era impensável escolher Cavaco e prescindir das cavacadas.
Era "quase" como escolher Maicon e prescindir das ofertas...
Cumprimentos
Se Cavaco, olhando ao que Sampaio fez ao PSD, servir a vingança fria ao PS, quem poderá criticar? (para além dos atingidos, claro!)
Pois: essa do Maicon!Em tempos o meu clube teve um central chamado Messias que de cada vez que a bola lhe chegava era cá um "frisson"...
Lawrence: nem sequer estou a criticar CS, mas a explicar a razão do veto. E existem algumas diferenças no caso que cita: Santana Lopes tinha chegado a 1º ministro sem ir a votos (nem sequer era deputado eleito)e Sampaio tinha a garantia de conseguir um governo estável. Além disso, foi directo ao assunto: dissolveu a AR e não se entreteve c/ estas "brincadeiras". Se CS dissolver a AR para conseguir um governo maioritário (o país precisa disso, embora eu ache que uma coligação PS, PSD, CDS seria o ideal) não serei eu a criticá-lo
Ñão tenho grande opinião sobre o assunto, mas penso que a resposta do lawrence é muito curiosa.
Não sei se o que motivou CS no seu veto foi uma "vingança fria" - pelo que lhe conheço, e apesar do baixo apreço que me merece, não o creio - mas se o fosse, então teríamos atingido o grau zero de credibilidade da nossa política.
É chegar ao nível de vão de escada, da intrigazita, do "não me deixas brincar com o teu carrinho, tanbém não brincas com o meu"
Cumprimentos
Não estou de acordo c/ o Lawrence: CS está-se nas tintas para o PSD (sempre esteve) e apenas o move um objectivo: ele próprio. Como digo no "post", é mais um marcar de território face ao governo, uma pequena vingançazinha pessoal face aos ataques s/ a "Coelha" e o BPN e uma tentativa de aproximação à sua base eleitoral, ao anti-socratismo radical militante. Veremos o que nos reserva o futuro...
Já agora, e o seu clube?
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