"The Lost Prince" (BBC - 2003)
O “Gato Maltês” inicia hoje a reposição da da série da BBC, dirigida por Stephen Poliakoff, “The Lost Prince”, que narra a curta e trágica vida (sofria de epilepsia e, ao que tudo indica, de autismo) do príncipe John (1905-1919), filho mais novo de George V e da rainha Mary, irmão de Eduardo VIII e George VI e, portanto, tio da actual rainha Elizabeth (uma curiosidade: o rei D. Carlos de Portugal foi um dos seus padrinhos de baptismo). Duas excelentes razões para o fazer, neste momento, para além da sua excelente qualidade:
- Em primeiro lugar porque existe agora disponível uma versão com legendas em inglês, o que torna bem mais fácil o seu acompanhamento por quem tem dificuldades em perceber o inglês falado (mesmo o chamado “received english”).
- Em segundo lugar, e mais importante, a exibição nos cinemas de “The King’s Speech”, com a provável conquista de alguns oscares, torna quase obrigatório o visionamento da série de Poliakoff para que seja possível uma comparação entre os dois “modelos” de abordagem - o de série de TV e o cinematográfico – já que ambos decorrem no mesmo ambiente, com uma mesma família (a família real britânica), apenas com o intervalo de uma geração (final do reinado de Eduardo VII e início do de George V, na série, e final do reinado de George V e início dos de Eduardo VIII – curtíssimo – e George VI) e abordando situações de disfuncionalidade e adaptação ao mundo e meio onde nasceram de dois dos seus membros (embora num dos casos, o do príncipe John, bem mais grave do que no outro).
Não perca!
2 comentários:
Gostei do Discurso do Rei. Mesmo que contenha algumas imprecisões - e não estou documentado para o saber - intrinsecamente é um bom filme (tenhamos em conta que um filme não tem que ser propriamente um documento histórico). Para mais, e além do desempenho notável de Colin Firth, há um enorme Geoffrey Rush.
Vic
Leu c/ certeza a minha opinião. Tb concordo que, apesar de ter assinalado tais imprecisões, não são elas que determinam a minha opinião s/ o filme. E, concordo consigo, a grande interpretação é de Geoffrey Rush.
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