Fizeram bem PS e PSD em terem “chumbado” a imposição de um limite salarial para os gestores públicos. Porquê? Não faz qualquer sentido os salários dos executivos das empresas públicas e, até, dos organismos estatais, serem determinados, de modo geral e abstracto, pela Assembleia da República sem serem tidas em conta as características de cada empresa ou organismo, condições e mercados em que operam, objectivos a que se propõem, etc, etc. Caixa Geral de Depósitos, Refer, CP, TAP, Direcção Geral de Finanças, e tantas outras, são algo de completamente diferente entre si, requerendo, em função disso, tratamento e definição de políticas salariais e de recursos humanos diferenciadas, a acertar entre elas próprias e os respectivos ministérios da tutela, respeitando padrões de razoabilidade e dentro de limites suficientemente abrangentes. O resto é demagogia da mais pura.
Já agora: como se pretendia limitar o salário dos gestores públicos ao do Presidente da República, aproveito para esclarecer que os titulares de orgãos de soberania são mal pagos, e não apenas em Portugal. Porquê? Porque tradicionalmente tais lugares eram ocupados por pessoas oriundas das classes mais abastadas – as que se dedicavam à política – que, por essa razão, não eram atraídas para as funções de Estado pelo salário oferecido nem esperavam dele vir a viver. Talvez não fosse má ideia rever o assunto.
Já agora: como se pretendia limitar o salário dos gestores públicos ao do Presidente da República, aproveito para esclarecer que os titulares de orgãos de soberania são mal pagos, e não apenas em Portugal. Porquê? Porque tradicionalmente tais lugares eram ocupados por pessoas oriundas das classes mais abastadas – as que se dedicavam à política – que, por essa razão, não eram atraídas para as funções de Estado pelo salário oferecido nem esperavam dele vir a viver. Talvez não fosse má ideia rever o assunto.
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