terça-feira, fevereiro 01, 2011

Jorge Lacão e a redução no nº de deputados

O tema interessa-me bastante, e por isso lá fui ouvindo o melhor que pude o “Fórum TSF” sobre a questão da redução do número de deputados, tema lançado por Jorge Lacão em entrevista ao “Diário Económico”. A acrescentar ao que aqui disse, apenas mais uma coisa: não é ingénuo o facto de o PS lançar agora mão do tema, e não se trata apenas de “caça” ao voto populista. Reduzir o número de deputados pode também significar distorcer a proporcionalidade, em prejuízo dos partidos mais pequenos (PCP, BE e CDS). Ora é conhecida a impossibilidade de uma aliança do PS com os partidos “soit disant” à sua esquerda, em virtude do radicalismo destes e da sua não aceitação, de facto, de uma economia baseada na livre iniciativa e na integração europeia. Assim sendo, essa eventual redução da proporcionalidade e representatividade significa também maior facilidade em o PS, sozinho, conseguir alcançar maiorias absoluta. Estamos conversados, não estamos?

7 comentários:

pois disse...

Percebo a ideia, meu caro, mas para isso era necessário que dois mais dois fosse igual a quatro e, como se comprovou, Sores 2006 mais alegre 2006, não é igual a Alegre 2011.

Muitos cumprimentos

JC disse...

Agora é que não percebi eu o seu comentário. Pode esclarecer?

pois disse...

Posso tentar, meu caro.

Penso que caminhamos a passos largos para um empate técnico em qualquer eleição. Neste andar chegaremos a uma altura e a um cúmulo de rídiculo em que todos terão os mesmos votos, que serão nada mais nada menos doque os inscritos nas próprias listas. Reparo: serão nada mais mas eventualmente até menos.
foi ensurdecedor o grito dos resultados destas presidenciais. A vitória do Presidente Cavaco pouco tem de seu mérito - mais uma vez e ao seu próprio nível, esclarece uma situação particular com um comunicado da presidência. A maior figura política de Portugal pós 1984, confunde todo o país com o seu quintal e mesmo assim tem uma vitória eleitoral. - Uma vitória nos quarenta e picos que ainda se importaram em votar.
A esquerda ideológica mas consciente deve estar completamente envergonhada por se ausentar destas eleições. Convenhamos, era impossível escolher um candidato que preenchesse minimamente os requisitos de um centro-esquerda, com a noção da realidade e com a ilusão de que isto é uma coisa séria. E assim, vnão se votou, votou-se em branco ou votou-se no Tiririca.
E pensoo que se vão agravar as coisas. Que façam uma leitura séria dos resultados.
Cumprimentos e desculpe a "chatice"

JC disse...

Chatice nenhuma, meu caro. Obrigado.E tb estive sem candidato nestas eleições, como deve calcular. O meu espaço político,o do centro-esquerda ou da social-democracia europeia, ficou s/ candidato.
Já agora: estou pouco confiante para logo: reconheço o FCP é melhor equipa. Vamos a ver.

pois disse...

O FCP é melhor clube, meu caro, mas infelismente (para si) não é o seu.
O FCP tem conseguido (2ª volta 2009/2010, Supertaça e 1ª volta 2010/2011) motivar-se nos jogos contra o slb e conseguir assim excelentes exibições e resultados.
Jogar sem o Palito (A. Pereira) e El Tigre (Falcão) não é bem a mesma coisa, mas felismente o Incrível (Hulk) tem conseguido "ridicularizar" o seu presidente (http://www.lpfp.pt/premios/pages/premios.aspx) e demonstrado todo o seu valor e influência.
No entanto, convém não esquecer que o clássco de logo é apenas a primeira mão de uma meia-final da taça de Portugal e nda mais que isso. Nada (em princípio e porque concordo com AVB que não repetiremos - pena - os 5-0) ficará decidido logo.
Mas... um FCP / slb é sempre um FCP / slb, a ver vamos como diz o Stevie Wonder.

JC disse...

Não é melhor clube: neste momento, tem melhor equipa.

Anónimo disse...

É importante ter algum sentido de humor...ao considerar o FêCêPê como o melhor clube. Hoje viu-se.
O Stevie Wonder deve ter gostado do que viu. I just called to say...it was great. O glorioso continua a ser a equipa que melhor futebol pratica (sim, teve uns precalços iniciais com a (des)adapatçaõ robertiana...mas a coisa já se endireitou...e sem fruta.
Quanto á redução do número de deputados só teriamos a ganhar já que os custos seriam drásticamente reduzidos e obrigaria alguns daqueles que nada fazem nem produzem a procurar outra forma de ganhar a vida.
Cumprimentos