Os meus amigos e grandes rivais (ou serão ex-rivais?) do SCP, em vez de, na mais grave situação da vida do clube, estarem a discutir o que poderá ser a instituição num futuro próximo e de médio prazo, quais os objectivos razoáveis e credíveis a estabelecer, a estratégia para os atingir e as pessoas adequadas a dirigirem tal ou tais projectos, decidiram focar a sua atenção noutros assuntos. Problema deles. Mas deixem-me acrescentar uma coisa: se a saída de Costinha nada mais representa do que o desenlace desejado pela SAD quando da admissão de José Couceiro (organicamente, a coexistência de funções era incompatível - disse-o aqui), não teria sido bem menos prejudicial para o clube acordar a rescisão de contrato logo nesse momento, sem este “lavar de roupa suja”? Tratar-se-á agora de poder alegar “justa causa” e poupar uns, neste caso necessariamente míseros, euros ou foi necessária a entrevista à Sport TV para a administração da SAD conseguir ter suficiente força política para o fazer?
5 comentários:
Essa solução - de rescindir com Costinha na altura da contratação de Couceiro - teria a lógica se os poderes de ambos colidissem, o que, sinceramente, desconheço, e nem me parece que alguma vez tenha vindo a público que tal acontecia.
Agora, o que me parece, é que esta entrevista foi deliberadamente dada com o intuito de provocar esta reacção por parte da SAD. E sinceramente, para mim já vai tarde, apesar de em algumas coisas que afirma, eu estar de acordo. A minha esperança é que esta situação contribua para o regresso rápido de Izmailov.
M
Depois, há afirmações que faz que são só meias verdades: Liedson quis sair e com uma dívida de 600.000€ para com ele e sem dinheiro para a poder satisfazer, a SAD tinha pouca margem de manobra. E como essa história, há outras que ele refere, mas cheias de inexactidões.
Bom, mas isso dava pano para mangas...
Abraço
1. Claro que a entrevista tem essa intenção: "vou-me embora mas parto a loiça"!
2. Mas estou em desacordo consigo num ponto:os poderes de ambos (Costinha e Couceiro) colidiam mesmo e a sua coexistência era impossível. Daí a minha interrogação face à não demissão de Costinha no momento da entrada de Couceiro.
Bem me tenho lembrado ultimamente de quando, adolescente e jovem adulto, ia frequentemente a Alvalade ver os jogos c/ os meus amigos "lagartos". Comprava um bilhete de "acompanhante de sócio" e lá ia c/ eles para a superior norte, onde ficavam os sócios do SCP. Chegava a ver quase todos os jogos da época, até pq SCP e SLB jogavam alternados em casa. Bons tempos de rivalidade e camaradagem entre os dois clubes.
O SCP acaba de, irremediavelmente, perder um referencial de elegância, arte de bem vestir, alta alfaiataria e higiene demonstrada pela limpeza de "maçãs podres" do recinto.
Já não há "griffe" ou classe no Alvalade XXI !!
Pelo caminho foram perderam também Moutinho, Tonel, Veloso, Izmailov, Liedson, etc. e muitos milhões, alguns deles por conta da merecida remuneração do Presidente cuja gestão vai perdurar "forever"
JR
É por estas e por outras que a lagartagem nunca mais vai sair da toca. Tenho pena, sobretudo porque a partir de agora o campeonato só se vai disputar a dois, tal como na vizinha Espanha.
Venha, e depressa, o Campeonato Ibérico!
Conversava hoje ao almoço c/ o meu filho s/ o assunto (conversa de "lampiões", já se vê). O problema é que não se percebe como alguém qualificado e c/ experiência de gestão como JEB faz tanta asneira. O meu filho argumentava que era a pressão dos "accionistas", neste caso os sócios e, principalmente, aqueles energúmenos das "claques". Disse que não estava de acordo: que uma administração experiente e tendo JEB tido funções como responsável do futebol saberia resistir a tal coisa. Para mim, o problema é que qualquer administração estará, neste momento, mtº condicionada nas suas decisões (e não estou a falar apenas ou principalmente no condicionamento financeiro, que é conhecido) não se percebendo mtº bem quem efectivamente manda no clube e em nome de que interesses o faz. Claro que neste momento o SCP não é atractivo para nenhum jogador c/ ambições (daí a saída de Moutinho, Veloso, etc) e a impossibilidade de contratar outros.Mas isso não é tudo. Quem define a estratégia e política de recursos humanos (formação, dispensas, contratações) do clube? Mtªs interrogações...
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