Não tendo Jaime Gama por tontinho, muito menos por politicamente inexperiente; tendo, isso sim, bem presente a opinião sobre si expressa por Mário Soares (“peixe de águas profundas”, para os mais distraídos) e acreditando estas suas afirmações não terão sido produzidas na sequência de uma visita demorada ao Artur, Barros e Sousa da Rua dos Ferreiros, no Funchal, algo que a sua experiência política, que não o bom gosto, desaconselharia na circunstância, elas têm apenas um único e claro objectivo: causar embaraços e desacreditar o actual PS e o governo de José Sócrates, contribuindo, assim, para dificultar a obtenção de uma nova maioria absoluta. Uma questão que Sócrates deve ter em devida conta, claro, se calhar muito mais do que as manifestações da Anadia ou o pulsar de quaisquer corporações. Esperemos, do facto, saiba pelo menos retirar as indispensáveis consequências.
E, já agora, também algo que o próprio Jaime Gama, pelo lugar que ocupa na hierarquia do Estado e que momentaneamente terá esquecido em função de outros interesses, deveria também saber fazer.
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