quarta-feira, março 12, 2008

História(s) da Música Popular (80) - Cinema e Rock & Roll (18)

"Jailhouse Rock" - tema de Leiber-Stoller do filme homónimo de Richard Thorpe (1957)

"(You're So Square) Baby I Don't Care" (Leiber-Stoller). Da banda sonora de "Jailhouse Rock" de Richard Thorpe (1957)
Jerry Leiber & Mike Stoller (III)
Ora aqui está o verdadeiro dois em um, o autêntico “álbum duplo” “blogosférico” que junta duas das rubricas deste blog a propósito de Leiber & Stoller e Elvis Presley: “Cinema e Rock & Roll” e “História(s) da Música Popular. Tudo isto por causa do célebre “Jailhouse Rock”, o filme de Richard Thorpe (foi também o responsável por “Fun In Acapulco”, com Presley, e por alguns Trazans com Johnny Weissmuller) para o qual Leiber & Stoller escreveram a banda sonora. O filme, de 1957, é um dos últimos suspiros do Elvis que ainda vale a pena, antes do "GI Blues" e do “It’s Now Or Never" a que eu responderia “never”, se faz favor. Para mais, (“You’re So Square) Baby I Don’t Care” é um dos meus temas preferidos do Elvis RCA, já que os meus favoritos em termos absolutos vão para algumas das gravações para a SUN, principalmente para um “I Forgot To Remember To Forget” e um outro “I’m Left, You’re Right, She’s Gone”, ambos muito rockabilly e covers de originais de um tal Charlie Feathers quase desconhecido em Portugal – e é pena. Buddy Holly tem um cover de "Baby I Don't Care" (sorry, só tenho em vinil) e Johnny Halliday uma versão em francês (sorry once again: existe no You Tube mas eu tenho bom gosto).

É o terceiro filme de Elvis Presley, depois de “Love Me Tender” e “Loving You”, e penso que o penúltimo (o último terá sido “King Creole”) antes de ir para a tropa e se dedicar no futuro a havaianas e férias em Acapulco, com um western (“Flaming Star”) pelo meio, que eu até vi quando da sua estreia em Portugal: nos early teens quem resistia a uma combinação entre Elvis e "cowboys"?

Quanto a Leiber e Stoller penso ambos os temas constituem um bom exemplo do seu trabalho para Presley, embora incluir aqui “Treat Me Nice”, o “B” side de “Jailhouse Rock”, também não fosse nada para desmerecer. Mas sobre Leiber & Stoller continuaremos numa próxima vez com os Clovers e os Searchers, para os meus amigos do IÉ-IÉ, muito mais “british invasion”, se renderem um pouco mais à América do rock & roll.

2 comentários:

VdeAlmeida disse...

Já apanhei o Elvis na sua curva descendente, mas ainda deu para conhecer o que ficara para trás, embora quanto a filmes só me tivessem calhado aquelas patetices do género Girls! Girls! Girls, Fun in Acapulco ou Viva Las Vegas.
Mas enfim, com aquela idade não se pode exigir outra selectividade.
Abraço

P.S.- Gostei da tirada sobre o jone álidei

JC disse...

Eu tb. Devo ter visto o "Flaming Star" aí pelos 11 ou 12 anos e os anteriores nem vi nessa altura. Mas tive a sorte de ter primos mais velhos e um deles bastante interessado nestas coisas da música, o que me fez conhecer os pioneiros do rock (Chuck Berry, J. Lee Lewis, Orbison, Elvis, Domino, Holly, etc) muito antes da adolescência. Claro que quando cheguei à idade "própria", isto é, dos Beatles e etc, imediatamente me lembrei de tudo isso e tratei de voltar atrás e aprofundar.
Mas oiça a versão do Halliday... É de arrepiar!