"Não podemos diabolizar uma aluna, uma professora, uma turma. Seria injusto para as pessoas que protagonizaram a cena que foi filmada".
Ana Tomás de Almeida, docente do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho, 24-03-2008 - In "Público"
Podemos encontrar muitas causas, umas próximas outras mais remotas, para o acontecido no Liceu Carolina Michaelis. Podemos procurar explicações (tentei fazê-lo aqui), mais gerais ou particulares, circunstâncias agravantes e elementos atenuantes, outros acontecimentos ainda mais chocantes acontecidos no passado e outros que até nós não chegaram por falta de relato, também situações, por antagonismo, de excelência. Tudo isso, descartada a demagogia das primeiras reacções, ajudará a encontrar soluções alternativas, caminhos, para que, no futuro, cenas semelhantes sejam cada vez menos frequentes.
O que não podemos é adoptar a atitude desculpabilizadora e capitulacionista que a afirmação de Ana Tomás de Almeida parece querer enquadrar, na senda das que assumem existir sempre uma sociedade, um contexto, um ambiente e um passado que tudo justificam, mesmo o injustificável. Independentemente de tudo o que possa ter conduzido à situação que conhecemos (e sabemos do muito, com responsabilidades várias e partilhadas, que a pode ter ajudado a gerar), existiu uma aluna que se comportou de modo incorrecto e desrespeitador, no limite da violência física e certamente para lá dos limites da agressão psicológica, uma professora que não soube, ou não foi capaz, de demonstrar a capacidade necessária para gerir um problema do âmbito e no exercício da sua actividade profissional e uma turma que demonstrou uma total incapacidade para se comportar de acordo com as mais básicas regras da disciplina escolar. Esta é, para já e no curto prazo, a questão básica a resolver, o que significa que sem uma total responsabilização dos agentes envolvidos - , aluna, turma e professora – nunca será possível, finalmente e de “cara lavada”, partir para a resolução daquilo que lhe estará na essência.
Podemos encontrar muitas causas, umas próximas outras mais remotas, para o acontecido no Liceu Carolina Michaelis. Podemos procurar explicações (tentei fazê-lo aqui), mais gerais ou particulares, circunstâncias agravantes e elementos atenuantes, outros acontecimentos ainda mais chocantes acontecidos no passado e outros que até nós não chegaram por falta de relato, também situações, por antagonismo, de excelência. Tudo isso, descartada a demagogia das primeiras reacções, ajudará a encontrar soluções alternativas, caminhos, para que, no futuro, cenas semelhantes sejam cada vez menos frequentes.
O que não podemos é adoptar a atitude desculpabilizadora e capitulacionista que a afirmação de Ana Tomás de Almeida parece querer enquadrar, na senda das que assumem existir sempre uma sociedade, um contexto, um ambiente e um passado que tudo justificam, mesmo o injustificável. Independentemente de tudo o que possa ter conduzido à situação que conhecemos (e sabemos do muito, com responsabilidades várias e partilhadas, que a pode ter ajudado a gerar), existiu uma aluna que se comportou de modo incorrecto e desrespeitador, no limite da violência física e certamente para lá dos limites da agressão psicológica, uma professora que não soube, ou não foi capaz, de demonstrar a capacidade necessária para gerir um problema do âmbito e no exercício da sua actividade profissional e uma turma que demonstrou uma total incapacidade para se comportar de acordo com as mais básicas regras da disciplina escolar. Esta é, para já e no curto prazo, a questão básica a resolver, o que significa que sem uma total responsabilização dos agentes envolvidos - , aluna, turma e professora – nunca será possível, finalmente e de “cara lavada”, partir para a resolução daquilo que lhe estará na essência.
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