Ainda no rescaldo do “Prós & Contras” da passada 2ª feira, onde o assunto foi referido e a solução proposta por não-políticos, tem sido notório um certo apelo geral à negociação na questão que opõe governo e professores. É um apelo bem intencionado, e apenas isso e nada mais, pois ignora que aquilo que está em jogo é uma questão política: pura e simplesmente, trata-se de uma luta política, e é isso que condiciona no momento a opção negocial.
E porquê? Porque a situação actual é tudo menos propícia a qualquer negociação, a que qualquer dos contendores esteja em posição e o queira o fazer. O governo, porque está reduzido a uma situação defensiva, frágil, espera para retemperar forças e preparar o contra-ataque, já entrevisto no comício de apoio ao governo, tentando então, depois disso e após tentar isolar os professores e reduzi-los o mais possível ao núcleo duro sindical, negociar numa posição mais favorável e vantajosa; os sindicatos, sentido o governo em dificuldade e tendo como objectivo primeiro e acima de qualquer outro a derrota governamental (leia-se: a demissão da ministra e a continuação do poder sindical no sector), mais do que a satisfação de algumas reivindicações da “classe” e parecendo-lhe essa demissão possível depois do acontecido com Correia de Campos, claro que, neste momento em que afirma a sua força, por certo não irá recuar para a negociação.
Ou estou muito enganado ou estaremos perante uma guerra prolongada, de desgaste, e não perante uma qualquer Blitzkrieg. Se estivesse no lugar do governo, seria essa a minha opção.
E porquê? Porque a situação actual é tudo menos propícia a qualquer negociação, a que qualquer dos contendores esteja em posição e o queira o fazer. O governo, porque está reduzido a uma situação defensiva, frágil, espera para retemperar forças e preparar o contra-ataque, já entrevisto no comício de apoio ao governo, tentando então, depois disso e após tentar isolar os professores e reduzi-los o mais possível ao núcleo duro sindical, negociar numa posição mais favorável e vantajosa; os sindicatos, sentido o governo em dificuldade e tendo como objectivo primeiro e acima de qualquer outro a derrota governamental (leia-se: a demissão da ministra e a continuação do poder sindical no sector), mais do que a satisfação de algumas reivindicações da “classe” e parecendo-lhe essa demissão possível depois do acontecido com Correia de Campos, claro que, neste momento em que afirma a sua força, por certo não irá recuar para a negociação.
Ou estou muito enganado ou estaremos perante uma guerra prolongada, de desgaste, e não perante uma qualquer Blitzkrieg. Se estivesse no lugar do governo, seria essa a minha opção.
1 comentário:
Acredito que a partir das manifestações de sábado, as coisas irão amainar um pouco. Veremos.
Abraço
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